quarta-feira, 18 de julho de 2018

Ryanair prevê cancelar 300 voos por dia na próxima semana

A companhia aérea refere que os cancelamentos podem envolver até 50 dos mais de 180 voos diários operados pela Ryanair de e para Portugal.
A Ryanair indicou, esta quarta-feira, que prevê cancelar até 300 voos diários na próxima quarta e quinta-feira (dias 25 e 26) devido a perturbações provocadas pela greve de tripulantes de cabine em Portugal, Espanha e Bélgica.
"Estes cancelamentos, que lamentamos profundamente, irão afetar aproximadamente 12% dos passageiros que iriam viajar com a Ryanair na quarta e quinta-feira da próxima semana, podendo estes passageiros remarcar ou solicitar voos alternativos num intervalo de sete dias, após os dias da greve" (25 e 26), refere o comunicado.
Em alternativa, os passageiros afetados podem solicitar o reembolso total do valor dos seus voos.
A Ryanair indicou também que já enviou 'emails' e mensagens SMS para cerca de 50 mil clientes com viagens marcadas de ou para Portugal, Espanha e Bélgica para os notificar do cancelamento dos voos com uma semana de antecedência.
"A Ryanair pede as mais sinceras desculpas aos clientes afetados por estas perturbações, as quais tentámos a todo o custo evitar", afirmou Kenny Jacobs, diretor de marketing da companhia irlandesa, citado no comunicado.
Os sindicatos que representam a tripulação de cabine da transportadora irlandesa anunciaram no passado dia 5 de julho a convocação para 25 e 26 de julho de uma greve em Espanha, Portugal, Itália e Bélgica. A paralisação em Itália só se realizará no primeiro dos dois dias.
Os trabalhadores exigem que a companhia aérea de baixo custo, entre outras coisas, passe a respeitar os direitos dos trabalhadores em cada país em que opera e reconheça os representantes sindicais eleitos, que pretendem negociar um acordo coletivo de trabalho.
"Considerando que os tripulantes de cabine da Ryanair auferem salários excelentes - até 40.000 euros por ano (em países com elevado índice de desemprego jovem) -- horários líderes de indústria (14 dias de folga por mês), ótimas comissões por vendas, subsídio de uniforme e baixa de doença paga, estas greves são completamente injustificadas e apenas resultarão em perturbações a férias de famílias, beneficiando as companhias aéreas concorrentes em Portugal, Espanha e Bélgica", considerou Kenny Jacobs.
Lusa

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