A Associação Académica de Coimbra encara com preocupação as recentes declarações de Manuel Heitor: “Por um lado, demonstra uma total falta de planeamento e de visão estruturada para o Ensino Superior, sendo imperceptível a linha política que guia esta governação. Por outro lado, realça-se o retrocesso protagonizado por Manuel Heitor que, com apenas o distanciamento de 19 dias, afirma tudo e o seu contrário.”
“Exigimos, de uma vez por todas, uma posição clara, definitiva e inequívoca do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior relativamente à temática das propinas. A menos de um ano das eleições legislativas e após o desgoverno deste Ministério durante os últimos três anos, é essencial uma resposta categórica que não pode ser mais adiada. Os estudantes – e as respectivas famílias – reclamam o direito de conhecer a verdadeira posição do governo, sem respostas reiteradamente incompletas e esquivas”, declara Daniel Azenha.
“Perante este desgoverno, questionamos: somos realmente uma prioridade para Manuel Heitor?”, conclui a AAC.
A Associação Académica de Coimbra foi uma das principais impulsionadoras do movimento associativo nacional – Rumo à propina 0 – criado em 2016.
Os estudantes de Coimbra foram pioneiros no combate às propinas, defendendo de forma intransigente a sua abolição desde a sua aplicação.
A AAC encara a educação como um bem público fundamental para a modernização e progressão do país, um direito constitucionalmente consagrado assegurando a entrada e permanência no Ensino Superior a todos os Estudantes.
A abolição da propina é o primeiro passo para encarar este nível de ensino como um ascensor social que a todos deve ser disponibilizado, salienta a AAC.
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