sábado, 5 de janeiro de 2019

Tradição secular das Colheres de Pau na Feira Grande de Janeiro

“Feira Grande de Janeiro”: tradição volta a ser cumprida


Passaram-se os tempos de pedir namoro em verso, mas os alunos das escolas do concelho, todos os anos, recriam a tradição de decorar e «transformar» modestas colheres de pau em pequenas obras de arte com missivas amorosas.

A tradição da “Feira dos Vinte” ou "Feira Grande de Janeiro" volta à Praça de São João, no dia 18 de janeiro, das 10h às 16h. Para além da participação ativa dos alunos do concelho de Vila do Conde, este ano, a iniciativa é alargada à população sénior e ao comércio local.

A Câmara Municipal lançou o desafio aos utentes de Instituições Particulares de Solidariedade Social a participar através da decoração de colheres de pau e criação de quadras amorosas. Aos comerciantes, em parceria com a Associação Comercial de Vila do Conde, foi deixado o repto para que decorem as suas montras com colheres de pau e quadras alusivas à temática.

No decorrer da Feira, a venda das Colheres de Pau estará a cargo dos estudantes da Escola EB 2/3 Frei João de Vila do Conde, não faltando um Mercado de Produtos da época dinamizado pela Associação Velha Lamparina e animação pela Escola Profissional de Vila do Conde e por um grupo musical.

Este evento retrata uma feira secular de grande tradição que, conjuntamente com a feira de 3 de agosto, constituíam as duas feiras francas de Vila do Conde. O dia 20 de janeiro constituía um dia especialmente festivo para a cidade, já que era ponto de encontro dos homens de negócios, enquanto os seus filhos aproveitavam a possibilidade de um namoro e, quem sabe, de um casamento. Por tal facto, esta feira também ficou conhecida por "Feira dos Namorados".

Exposição de Colheres de Pau no Centro de Memória
A partir da próxima quinta-feira e até 17 de janeiro, os milhares de colheres de pau, decoradas pelos alunos das escolas e pelos utentes de Instituições de Solidariedade Social do concelho de Vila do Conde, poderão ser apreciadas no Centro de Memória.


“Feira Grande de Janeiro”: tradição volta a ser cumprida 
Passaram-se os tempos de pedir namoro em verso, mas os alunos das escolas do concelho, todos os anos, recriam a tradição de decorar e «transformar» modestas colheres de pau em pequenas obras de arte com missivas amorosas.
A tradição da “Feira dos Vinte” ou "Feira Grande de Janeiro" volta à Praça de São João, no dia 18 de janeiro. Para além da participação ativa dos alunos do concelho de Vila do Conde, este ano, a iniciativa é alargada à população sénior e ao comércio local.
A Câmara Municipal lançou o desafio aos utentes de Instituições Particulares de Solidariedade Social a participar através da decoração de colheres de pau e criação de quadras amorosas. Aos comerciantes, em parceria com a Associação Comercial de Vila do Conde, foi deixado o repto para que decorem as suas montras com colheres de pau e quadras alusivas à temática.
No decorrer da Feira, a venda das Colheres de Pau estará a cargo dos estudantes da Escola EB 2/3 Frei João de Vila do Conde, não faltando um Mercado de Produtos da época dinamizado pela Associação Velha Lamparina e animação pela Escola Profissional de Vila do Conde e por um grupo musical.
Este evento retrata uma feira secular de grande tradição que, conjuntamente com a feira de 3 de agosto, constituíam as duas feiras francas de Vila do Conde. O dia 20 de janeiro constituía um dia especialmente festivo para a cidade, já que era ponto de encontro dos homens de negócios, enquanto os seus filhos aproveitavam a possibilidade de um namoro e, quem sabe, de um casamento. Por tal facto, esta feira também ficou conhecida por "Feira dos Namorados".

Exposição de Colheres de Pau no Centro de Memória
A partir da próxima quinta-feira e até 17 de janeiro, os milhares de colheres de pau, decoradas pelos alunos das escolas e pelos utentes de Instituições de Solidariedade Social do concelho de Vila do Conde, poderão ser apreciadas no Centro de Memória.
ESCOLAS PARTICIPANTES
Escola Secundária José Régio
Agrupamento de Escolas D. Afonso Sanches
Agrupamento de Escolas Frei João de Vila do Conde
Agrupamento de Escolas Dr. Carlos Pinto Ferreira
Agrupamento de Escolas D. Pedro IV

INSTITUIÇÕES SÉNIORES PARTICIPANTES
Associação de Proteção à Terceira Idade "A.F. Vila Cova"
Associação de Solidariedade Social "O Tecto"
Associação de Solidariedade Social de Mosteiró
Associação de Solidariedade Social de Vila Chã "Terramar"
Associação de Solidariedade Social Santa Cristina de Malta "Sancris"
Centro Social da Paróquia da Junqueira
Centro Social da Paróquia de Labruge
Centro Social da Paróquia de Mindelo
Centro Social da Paróquia de Touguinha
Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde
União de Freguesias de Bagunte, Ferreiró, Outeiro Maior e Parada
Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Vila do Conde
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Enquadramento histórico da Feira Grande de janeiro
A instituição da “Feira dos Vinte” recua no tempo, levando-nos até 1704, ano em que D. Pedro II, na sequência de uma solicitação das gentes de Vila do Conde, emite um alvará régio instituindo a Feira Franca de Santo Amaro, a realizar ao dia 20 de cada mês.
Às feiras acorriam lavradores, rapazes e raparigas das freguesias vizinhas, com os seus trajes de festa, bem como comerciantes de locais mais distantes, onde, para além das trocas comerciais, se trocavam também olhares e palavras galanteadoras... Com o passar dos anos, as feiras foram perdendo algum esplendor, no entanto o seu carácter socializante havia de permanecer, já que era um local privilegiado para travar “conhecimentos”, onde as conversas decorriam muitas vezes em rimas e onde as raparigas contabilizavam os rapazes com quem tinham namoriscado, o que acabaria por criar a designação da “Feira dos Namorados”.
As colheres de pau eram o “meio de transporte”, das mensagens apaixonadas que o rapaz oferecia à rapariga com quem mais simpatizasse e que num passado não muito distante, foram pretexto para começar namoros e amores. Passaram os tempos de pedir namoro em verso, mas os alunos das escolas do concelho, todos os anos, recriam esta tradição e, dando largas à imaginação, decoram e «transformam» as modestas colheres de pau em pequenas obras de arte, que posteriormente são vendidas na Feira Grande de Janeiro.

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