A Cornelder de Moçambique (CdM) encerrou, semana passada, a primeira fase do programa de assistência humanitária às vítimas do ciclone Idai, que consistiu numa mega-operação de salvamento de cerca de 2.500 vítimas das cheias que assolaram o distrito do Búzi, na província de Sofala.
Em resposta ao apelo lançado pelo Governo de Moçambique, a operação - realizada em coordenação com o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), entidades de Saúde, Polícia lacustre, Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e Pescamar - consistiu na mobilização de embarcações para o resgate das vítimas, fornecimento de combustível, montagem de um posto transitório para assistência às vítimas e prestação de serviços de primeiros socorros, bem como fornecimento de refeições e vestuário. A CdM, nesta fase, também garantiu o transporte das vítimas para os vários centros de acolhimento.
Uma vez interrompidas as operações de resgate, devido à diminuição das águas fluviais no distrito de Búzi e a instalação de centros de acolhimento em zonas seguras, tendo em conta que as vias de acesso permaneciam intransitáveis, a CdM em coordenação com as outras entidades envolvidas na operação, com destaque para o INGC e o Programa Mundial Alimentar (PMA), mobilizou mais embarcações para o transporte de produtos de primeira necessidade, medicamentos, suplementos, cobertores, e fardos de roupa. Para o sucesso desta operação, foram gratuitamente disponibilizados os serviços de manuseamento e de estiva do Porto da Beira, para garantir que os produtos chegassem a tempo útil aos beneficiários.
De destacar que as operações de ajuda humanitária da CdM não se traduziram apenas à assistência directa às vítimas, mas também na concessão de descontos ou isenções de taxas de manuseamento e armazenagem, aos navios com carga humanitária que demandassem o Porto da Beira.
Para assegurar o rápido restabelecimento do abastecimento de água à Cidade da Beira, a CdM cedeu ao FIPAG-Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água, um gerador com capacidade de 1.500 KVA´s. No geral, no quadro do programa de emergência, a CdM desenvolveu acções estimadas em cerca de 50 mil dólares norte-americanos (equivalente a mais de três milhões de meticais), como sua contribuição solidária directa na ajuda aos afectados pelo ciclone Idai.
Actualmente e como forma de dar seguimento à mitigação dos efeitos nefastos do ciclone, a direcção da CdM está a equacionar outras formas de abordagem solidária que emergem da necessidade de contribuir para a normalização da vida das populações.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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