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Jeffrey Epstein, o milionário norte-americano acusado de criar uma rede para abusar de menores nas suas mansões, foi encontrado morto na prisão onde estava detido desde 6 de Julho.
As circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas, no entanto a imprensa norte-americana fala em suicídio. O corpo de Epstein foi encontrado pelas autoridades durante a manhã deste sábado.
Escreve o britânico The Guardian que a morte acontece um dia depois da divulgação de documentos incluídos no processo, a decorrer em Nova Iorque, a revelar a extensão do seu abuso de mulheres jovens nas suas propriedades em Palm Beach, Nova York e nas Ilhas Virgens.
No final de julho, o multimilionário já tinha sido encontrado deitado no chão da sua cela com ferimentos no pescoço. Na altura, ficou por esclarecer se se as feridas foram autoinfligidas ou provocadas por terceiros.
Epstein estava acusado de abuso sexual de dezenas de crianças no início dos anos 2000. De acordo com a procuradoria do distrito sul de Manhattan, Epstein criou, há mais de uma década, uma rede para abusar de dezenas de meninas na sua mansão de Nova Iorque, e numa outra situada na Florida.
O magnata já tinha enfrentado acusações similares na Florida, mas em 2008 alcançou um acordo extraoficial com a procuradoria para o fim da investigação, tendo cumprido 13 meses de prisão e alcançado um acordo económico com as vítimas.
O acordo foi supervisionado pelo então procurador de Miami, Alexander Acosta, que foi posteriormente nomeado secretário do Trabalho pelo Presidente dos EUA Donald Trump, e que foi forçado a renunciar do cargo devido às críticas emitidas na sequência da nova detenção de Epstein.
O julgamento de Epstein deveria começar entre junho e setembro de 2020. A procuradoria defendeu, no final do mês de julho, que o processo deveria iniciar-se rapidamente devido ao interesse do público pelo caso.
Madremedia
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