A Tradição da romaria, da peregrinação cristã e do mega piquenique em honra de Nossa Senhora do Faro, realiza-se quinta-feira, 15 de Agosto. Dos festejos destaca-se a multitudinária peregrinação a pé e o celebre mega piquenique em que o cabrito é rei nos petiscos.
Peregrinação a Pé
Centenas de peregrinos participam nesta secular peregrinação penitencial que sai da Igreja da Colegiada de Santo Estêvão, na cidade, às 8h00 e termina na Capela do Faro, no topo do monte, por volta das 11h00. 7,5 Km's, a pé, pela estrada do Faro em que a devoção a Nossa Senhora do Faro atrai muitos peregrinos do norte de Portugal e da Galiza.
Cabrito no Forno no Piquenique
Para as 11h15 está programada a celebração eucarística, seguida do celebre piquenique. Manda a tradição que no dia da romaria o farnel de Cabrito assado no forno a lenha é o rei de um mega piquenique, no amplo e frondoso Parque de Merendas do Monte do Faro. A festa prolonga-se, tarde dentro, com um festival de bandas filarmónicas, a partir das 15h.
Devoção Popular
A 15 de Agosto Valença celebra a Assunção de Nossa Senhora uma das mais emblemáticas festividades religiosas do Alto Minho que todos os anos atrai milhares de devotos ao Parque do Monte do Faro.
A Peregrinação ao Faro é o ponto alto das celebrações religiosas das Festas de Valença que decorrem em Valença até 15 de agosto, na cidade e no Parque do Monte do Faro.
Senhora do Faro entre a Lenda e a Tradição
A devoção à Senhora do Faro é secular e um marco de fé para as povoações do Alto Minho e do sul da Galiza.
Conta a lenda que um homem natural de Valença tendo ido combater no norte de África lá ficou cativo dos Mouros. Sujeito a tantas privações, durante meses viveu agrilhoado pelos pés, sem água, nem o verde e frescura das terras do Minho. Uma noite suplicou à Senhora que o livra-se deste suplicio. Durante as orações adormeceu. Acordou com uma brisa fresca e o barulho da água a correr, era de manhã e apercebeu-se que não estava em África, mas no monte do Faro das suas memórias. Agradecido à Senhora do Faro, deixou os grilhão que carregara nos pés como agradecimento pela libertação. Os grilhões são um dos relicários do santuário e um nicho faz jus a esta lenda / história e são ponto de veneração dos muitos peregrinos que rumam ao Monte do Faro.
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