Um vocabulário que proteja a variedade da língua e resolva o conflito entre o Acordo Ortográfico de 1990 e a Norma de 1945. É esta a proposta do linguista e investigador D’Silvas Filho no Novo Vocabulário Ortográfico – Conciliador do Acordo de 1990 com a Norma de 1945. Um livro que reafirma a defesa das consoantes não articuladas, recusa palavras inventadas e evita ambiguidades. A edição Guerra e Paz, apoiada pela Sociedade Portuguesa de Autores, chega amanhã, dia 29 de Janeiro, às livrarias de todo o país.
A polémica instalou-se há cerca de 10 anos, quando, em 2009, o novo Acordo Ortográfico entrou em vigor em Portugal, Brasil e Cabo Verde, no entanto a discussão já tem quase 30 anos. Tudo começou no dia 16 de Dezembro de 1990, quando os países de língua oficial portuguesa se juntaram em Lisboa para assinar um tratado internacional que visava unificar a ortografia utilizada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.
O certo é que este novo Acordo Ortográfico de 1990 (AO90) não está em vigor nem em Angola nem em Moçambique, o que leva os críticos a defenderem a sua ilegalidade. Existe uma profunda clivagem entre falantes do português, que leva a que o país se divida quanto à grafia utilizada.
Atento aos conflitos e consequente fenómeno, o linguista e investigador D’Silvas Filho elaborou o Novo Vocabulário Ortográfico – Conciliador do Acordo de 1990 com a Norma de 1945, uma proposta que aproveita o que o chamado «novo acordo» tem de positivo e devolve o que se deveria ter conservado da equilibrada Norma de 1945.
«Não existe um vocabulário que seja efectivamente único, orientador, para todos os países, falseando o espírito do AO90.» Para D’Silvas Filho, esta falha proporcionou a existência de três variedades da língua, compostas por: falantes que escrevem com a antiga grafia, falantes que escrevem com a nova grafia e falantes que, desconhecendo as alterações, oscilam entre ambas e inventam palavras.
No Novo Vocabulário Ortográfico – Conciliador do Acordo de 1990 com a Norma de 1945, o autor defende uma solução de meio-termo que preserve as virtualidades do idioma, segue o critério adoptado pelo vocabulário da Academia Brasileira de Letras de aceitar duplas grafias legais, que permitam a escolha livre do falante.
Reafirma a defesa das consoantes não articuladas, recusa palavras inventadas posteriormente e evita ambiguidades, recuperando a distinção entre compostos e locuções.
O consultor do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, defende, sem se desviar da generalidade do A090 e da Nota Explicativa, que, enquanto existirem países lusófonos fiéis à grafia do antigo acordo, este não poderá ser esquecido em Portugal.
Um livro composto pelo enquadramento histórico que levou ao AO90, os critérios e modelos de estudo utilizados para a nova proposta de vocabulário, uma explicação das palavras que levam ou não consoante, critérios ortográficos e estilísticos, e ainda um prontuário anexo com uma gramática fundamental e respostas às dúvidas mais frequentes. Destinado a todos os leitores, mas fundamentalmente a docentes, à comunidade académica e a governantes.
Novo Vocabulário Ortográfico – Conciliador do Acordo de 1990 com a Norma de 1945 chega amanhã, dia 29 de Janeiro, às livrarias de todo o país. O livro, cuja edição é apoiada pela Sociedade Portuguesa de Autores, estará ainda disponível para venda no site oficial da Guerra e Paz.
D’Silvas Filho é autor de várias obras, entre as quais se destacam: Prontuário – Erros Corrigidos de Português, obra que já tem seis edições; Prontuário Fácil. É ainda coautor do livro Grandes Dúvidas da Língua Portuguesa – Falar e Escrever sem Erros.
Novo Vocabulário Ortográfico – Conciliador do Acordo de 1990 com a Norma de 1945
Não Ficção / Língua Portuguesa
288 páginas · 15x23 · 16,50€
Nas livrarias a 29 de Janeiro
Guerra e Paz, Editores
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