Câmara Municipal de Évora rejeita responsabilidades por eventuais atrasos no processo de construção do novo Hospital Central do Alentejo
Numa fase em que se espera para breve o início da construção do novo Hospital Central do Alentejo, a Câmara Municipal de Évora lançou um alerta para a necessidade de urgente avaliação por parte do Governo sobre questões prementes relacionadas com as infraestruturas necessárias. O Presidente da Câmara Municipal chamou a comunicação social para apresentar o estudo prévio das infraestruturas do novo hospital, deixando claro que, dada a falta de resposta do Governo, não é possível avançar para além do estudo prévio, para os projetos em concreto.
Segundo Carlos Pinto de Sá “caso o Ministério da Saúde persista em não dar resposta a questões fundamentais que são imprescindíveis à elaboração dos projetos de infraestruturas, corremos o risco de ter a obra pronta e o hospital não poder funcionar por falta de água, esgotos, comunicações, energia ou acessibilidades”.
Desde logo, não existem indicações sobre as fontes de financiamento necessárias que, de acordo com estimativas do Município, deverão ter um orçamento de perto de seis milhões de euros.
No que diz respeito às acessibilidades, coloca-se a questão de definir traçados e caraterísticas para as novas vias de ligação às estradas nacionais. Perante a inevitabilidade de uso de terrenos privados, será necessário encetar processos de negociação com os proprietários para eventuais expropriações ou permutas.
Por outro lado a Câmara Municipal não dispõe também de informação técnica relativa às redes de abastecimento de água e esgotos, nomeadamente os caudais previstos, caraterísticas e pré-tratamento de efluentes, etc. A falta destes elementos inviabiliza a elaboração dos projetos, e um eventual atraso coloca em risco a respetiva execução em tempo útil, tendo em conta o desenvolvimento dos trabalhos de edificação do complexo.
À margem das questões relativas à construção, o Presidente da Câmara Municipal deu ainda conhecimento sobre a proposta do Município, em acordo com a Universidade e Évora, para que seja considerada a deslocação da Escola de Enfermagem S. João de Deus para o complexo do novo Hospital Central do Alentejo, e também para que sejam criadas condições para que num futuro próximo possa ser aberto um curso de medicina em Évora.
Por fim foi reafirmada a abertura e total disponibilidade do Executivo Municipal para colaborar ativamente com o Poder Central no sentido de que o novo Hospital Central do Alentejo, por ser absolutamente necessário à população de toda a região, possa ser uma realidade tão breve quanto possível.
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