quarta-feira, 6 de maio de 2020

A revelação de Santo Ângelo


  • Frei Tiago de São José
Santo Ângelo de Jerusalém* (1185 – 1220), um dos mais importantes santos na Ordem do Carmo, enquanto estava no deserto, por um período de cinco anos, em que viveu totalmente solitário, recebeu a seguinte revelação de Nosso Senhor:
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“Sabe Ângelo, Servo meu, a cidade de Jerusalém, a Galileia e toda a terra da promissão, Capadócia e Egito, com muitas regiões da Ásia e da África, passados poucos anos, irão de todo ao poder dos Ismaelitas [muçulmanos]: as Igrejas, os Templos que tu vês agora, onde se celebram os louvores divinos, serão destruídos. As cerimônias, costumes e observâncias dos cristãos em tudo, quase serão reduzidos a nada. E o poder de Maomé e de seus sucessores crescerá sempre mais e atemorizará quase todas as gentes e será com isto amedrontada e molestada toda a Europa, e virá fogo, sangue, ruína e quase total destruição e haverá grande aflição e crescerá o furor e ira sobre os filhos da ingratidão. Estas coisas virão pela abominação daqueles que edificam Babilônia, dissipam o Santuário e sustentam o povo da maldade, ódio e rancor e o arrastam à crueldade, desonestidade, malícia e pecado.

Então Santo Ângelo disse: ‘Quando, meu Senhor, isso há de suceder?’ Cristo respondeu-lhe: “Quando a Igreja, despojada de seu esplendor jazer como uma viúva: quando a Cadeira do Pontífice Romano seja posta em contradição, quando se levantarem os hipócritas com cor e pretexto de santidade e religião, defraudarem os povos, e a Igreja estiver cheia de seitas, nas quais reinarão a soberba, ambição, luxúria, com todo o esquadrão de seus filhos: quando os príncipes divididos guerrearem e um Bispo estiver contra outro, e as mulheres se tornarem ministras em lugar dos sacerdotes e quase seja tirada toda a paz do mundo, e da discórdia nasça a morte: quando os hereges prevalecerem, e a Fé estiver quase extinta e os seus pregadores se derem a vaidades e loucuras; então meu Eterno Pai mandará o seu furor e permitirá que os filhos da ingratidão sejam atormentados pelos inimigos do meu Nome. Todas estas calamidades lhes sobrevirão por seus pecados.”
E tendo Cristo dito isto, desapareceu aos olhos de Santo Ângelo em uma nuvem alvíssima…
Esta revelação se encontra na vida de Santo Ângelo, escrita por Enoc, Patriarca de Jerusalém. Deve-nos trazer grande admiração a notícia de que uma profecia como esta, escrita no século XIII esteja se cumprindo tão perfeitamente nos nossos dias. Vemos aqui a relação entre a expansão do Islã com a crise da Cristandade.
De fato, a Igreja, agora sem o seu esplendor, jaz como uma viúva triste e amordaçada. A Cátedra de Pedro já não se apresenta como o baluarte seguro da doutrina imutável. Vemos nestes tempos os hipócritas modernistas, com toda liberdade, sob o pretexto de uma maior pureza da religião, acabaram defraudando os povos dos seus ritos e de sua piedade e a Igreja vai se enchendo de seitas que, como várias falsas igrejas, corroem o seu interior e dilaceram suas forças aumentando a perda das almas e a confusão.
Vejamos como os Bispos estão uns contra os outros e como reinam a soberba e a luxúria! Encontramos “a Fé quase extinta e os seus pregadores repletos de vaidades e loucuras”.
Quanto às “ministras”, disse por estes dias o Cardeal Burke: “Com exceção do padre, o santuário se encheu de mulheres. As atividades da paróquia e até da liturgia se tornaram tão femininas em diversos lugares que os homens não querem mais se envolver.”
Sem dúvida, podemos nos remeter à profecia que diz: teus príncipes profanaram meu santuário. Então entreguei Jacó ao anátema e Israel às injúrias” (Is. 43, 28). A profecia-queixa que Nosso Senhor fez a Santo Ângelo, tão atual, se apresenta para nós como uma advertência urgente. Prestemos atenção a esta profecia que, como uma antecipação da mensagem de Fátima, denuncia a malícia deste nosso século que avança por entre tantas calamidades e contradições.
ABIM

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