O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) agradece a mobilização para doar sangue, o «empenho e competência dos profissionais de saúde» e a ajuda das associações de dadores na organização de sessões de colheita que ajudaram a contrariar um «decréscimo de cerca de 10% nas colheitas», o que em contexto de inverno, agravado pela pandemia, levou a uma instabilidade nas reservas.
«Apesar da situação difícil em que o país se encontra, a resposta por parte da sociedade foi excecional e sem precedentes: Entre 19 e 26 de janeiro inscreveram-se 8.638 dadores e foram colhidas 7.009 unidades de sangue nos Centros de Sangue e da Transplantação do IPST em Lisboa, Porto e Coimbra», informa o instituto.
No entanto, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação sublinha que as necessidades de sangue e componentes sanguíneos nos hospitais «são diárias» e que há condicionantes no armazenamento, uma vez que «os componentes sanguíneos têm um tempo limitado de armazenamento; os dadores de sangue, sendo homens só podem realizar a sua dádiva de três em três meses e sendo mulheres de quatro em quatro meses», ao que acresce a incerteza sobre a evolução da pandemia.
«Assim, esta mobilização foi essencial para estabilizar as reservas de componentes sanguíneos nesta fase, mas a afluência maciça gerou também situações de esperas longas e desconforto. Por isso, o IPST reitera o apelo a todos os dadores para que, dentro das suas possibilidades, procurem os serviços de colheita de sangue de forma regular e faseada, uma vez que só assim será possível continuar a garantir as condições de distanciamento social, um melhor atendimento ao dador e a distribuição constante e regular de unidades de sangue aos hospitais», pede o instituto.
Deslocação para efeitos de dádiva são permitidas pelas autoridades
O IPST relembra que «mesmo em tempos de pandemia é possível continuar a ajudar a salvar vidas, já que nos locais de colheita foram reforçadas todas as medidas para que o ato se efetue com segurança» e as deslocação para efeitos de dádiva são permitidas pelas autoridades.
Podem doar sangue todas as pessoas com bom estado de saúde, com hábitos de vida saudáveis, peso igual ou superior a 50 kg e idade compreendida entre os 18 e os 65 anos. Para uma primeira dádiva, o limite de idade é 60 anos. A dádiva de sangue é benévola e não remunerada.
A doação de sangue pode ser feita de quatro em quatro meses pelas mulheres e de três em três meses pelos homens.
Para saber mais, consulte
IPST > Sessões de colheita
IPST > Dador
Portal SNS > Sangue | Apelo à dádiva
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