Secretário-geral dos comunistas ameaça Executivo de António Costa na semana de entrega do 'draft' do Orçamento em Bruxelas. Braço-de-ferro à vista.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje que o acordo que possibilitou o Governo liderado por António Costa poderá estar em causa se o Executivo ceder às exigências da 'troika' na liquidação dos direitos dos trabalhadores.
"Ninguém entenderá que o Governo ceda em questões fundamentais", protegidas pela Constituição Portuguesa, referiu Jerónimo de Sousa, admitindo: "Se existir uma destruição desses conteúdos de posição conjunta [firmado entre PCP e PS] naturalmente teremos um problema."
O Executivo socialista tem agendada para a próxima sexta-feira a entrega do 'draft' sobre o Orçamento e o primeiro-ministro, António Costa, já reconheceu que Bruxelas está a exigir "redução de défice superior ao previsto", considerando "difíceis" as negociações com as instâncias europeias a propósito do assunto.
A 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) estará de volta a Lisboa a 27 deste mês, numa terceira avaliação pós-programa de assistência económico-financeira.
O líder do PCP falava à margem da arruada que realizou esta tarde na cidade Loulé, distrito de Faro, na qual promoveu o candidato presidencial Edgar Silva como aquele que garante o respeito e cumprimento da Constituição da República Portuguesa.
Vincando a importância vital da Constituição da República enquanto documento que reflecte um projecto de democracia política, económica, social, cultural e de afirmação da independência nacional, Jerónimo de Sousa sublinhou a importância de eleger um Presidente da República que não seja “pró-forma” ou “corta-fitas”.
Fonte: economico
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