A fadista sobe ao palco da sala parisiense sexta-feira, 19 de Fevereiro.
A fadista Ana Moura abre a digressão internacional do novo álbum, “Moura”, na sexta-feira 19 de fevereiro, no Olympia, em Paris, com a sala já esgotada, anunciou a sua promotora.
A sala do boulevard des Capucines tem capacidade para cerca de duas mil pessoas e, da capital francesa, a criadora de “Dia de folga” segue para o Luxemburgo, onde atua no sábado e no domingo, no Casino 2000.
Ainda este mês, Ana Moura, distinguida com um Prémio Amália para Melhor intérprete, em 2008, atua no dia 27 na Palatului, em Bucareste, e, no dia seguinte, na Sala Sporturilor din Cluj, em Cluj-Napoca, na região noroeste romena da Transilvânia.
Nesta digressão, Ana Moura é acompanhada pelos músicos Ângelo Freire (guitarra portuguesa), Pedro Soares (viola), André Moreira (baixo), João Gomes (teclados), Mário Costa (bateria) e Mário Barreiros (guitarra elétrica)
O álbum “Moura” foi editado em dezembro último e, na ocasião, em declarações à Lusa, Ana Moura afirmou que o novo disco “é aberto ao mundo, fazendo pontes entre diferentes tradições musicais, não esquecendo a matriz fadista”, de onde a artista partiu.
“Moura”, que dá título ao álbum, é um tema que a poetisa Manuela de Freitas ofereceu à fadista, que o canta na melodia tradicional do Fado Cravo, de Alfredo Marceneiro.
Neste novo trabalho, pela primeira vez, a fadista canta autores como José Eduardo Agualusa, numa música do angolano Toty Sa'Med, Samuel Úria, Jorge Cruz, Edu Mundo, Carlos Tê e Kalaf, numa composição de Sara Tavares.
O produtor de “Moura” é Larry Klein, que também produziu o álbum anterior, “Desfado”. Todavia, à Lusa, a intérprete de “Os búzios” afirmou que “não queria um ‘Desfado dois’, que foi tão ‘fora da caixa’, queria voltar a fazer uma coisa diferente”.
"Este álbum, o ‘Moura’, é mais atento aos pormenores”, rematou.
Depois de atuar em França, Luxemburgo e Roménia, a fadista regressa a Portugal onde tem agendados espetáculos no Pavilhão Multiusos, em Guimarães, no dia 12 março, na Arena d’Évora, no dia 01 de abril, e, nos dias seguintes - 2, 3 e 4 de abril –, no Teatro das Figuras, em Faro.
No dia 9 de abril, a fadista sobe ao palco da Meo Arena, em Lisboa, e, nos dias 16 e 15, ao do Coliseu do Porto.
Ainda em abril, regressará às plateias internacionais, com uma atuação no dia 19, no Cadogan Hall, em Londres, seguindo para São Francisco, nos Estados Unidos, onde canta no dia 22, no Nourse Theatre.
Ainda em terras norte-americanas, a criadora de “Desfado” atua no dia 23, no Edmonds Center for the Arts, em Edmonds, nos arredores de Washington, dia 26, no Carnegie Hall, em Nova Iorque, e, no dia 28, no palco do Strathmore Hall, em North Bethesd, no Estado de Maryland.
No dia 29, Ana Moura atua no Flynn Theatre, em Burlington, no Estado de Vermont, encerrando a digressão norte-americana no Berklee Performance Center, em Boston, no Estado de Massachusetts, no dia seguinte, 30 de abril.
Além do Fado Cravo, a outra melodia tradicional que interpreta neste CD é o Fado Carlos da Maia de Sextilhas, no qual canta um poema de Maria do Rosário Pedreira, “Ninharia”.
“Estas duas melodias representam o meu cerne, a minha essência fadista, e, depois, há um rasgo e a minha perene necessidade de me transformar, de nunca ser igual. Essa é a minha identidade, nunca acreditei em estereótipos”, afirmou a intérprete.
“O meu canto é muito mais interior que exterior, vive muito mais de uma profundidade e de uma interioridade do que propriamente de uma estética vocal ensaiada”, disse a fadista que, em seguida, sublinhou que nunca ensaia, além do essencial, “para que todos tenham as bases e estejam confiantes, mas é muito importante o improviso em palco”.
Fonte: sapo
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