No
dia primeiro do cada mês de Maio celebra-se o Dia dos Trabalhadores, escolhido
simbolicamente por ter sido nessa data que em 1886 se realizou em Chicago, nos
Estados Unidos, uma grande manifestação a favor da redução da jornada de
trabalho diária para as 8 horas.
Entretanto
o mundo mudou. Em muitas partes do globo continua a haver um longo caminho a
percorrer pela dignidade do trabalho, que vai muito para além da sua duração ou
até mesmo da natureza contratual com que é efetuado. Mas o dia dos trabalhadores
deve ter hoje um novo e mais amplo significado. Deve ser o dia daqueles que
trabalham por conta de outrem e também dos que trabalham por conta própria, dos
que são empregados e dos que empregam e ainda daqueles aqueles que são um pouco
disso tudo, na procura permanente de uma vida digna, integrada e com sentido.
Nesta
linha de abordagem, o 1 de Maio é também o dia dos que se preparam
afincadamente para terem uma proposta de valor a fazer à sociedade nos
múltiplos formatos em que hoje essas propostas podem ser feitas. Dos
estudantes, dos empreendedores, dos criadores em ciclo de mudança, dos
inventores de novos saberes e de novos modelos.
Em
síntese, o 1 de Maio como o concebo é o dia de todos nós, enquanto agentes de
transformação da sociedade, e deve cada vez mais ser vivido como uma
oportunidade para refletirmos sobre o sentido da vida e o papel que o trabalho,
nas suas múltiplas formas, deve ter nela.
Num
tempo de transição e diversidade é normal que sejam ainda os Sindicatos a
protagonizar os maiores eventos associados à data. Mas importa ir para além
dessa visão restrita. A contaminação da sociedade por um novo e abrangente
espírito de Maio, não desmerece e antes valoriza tudo o que a propósito dele,
se diga e faça.
O
espírito de Maio associa-se ao esplendor do que renasce e ao pensamento que se
pensa em função duma realidade em mudança. É um espírito de força e de vigor e
ao mesmo tempo de adaptação a um novo ciclo. É assim todos os anos na natureza
e tem que ser assim num mundo em que as tecnologias e as redes vão mudando o
lugar das pessoas no processo de criação de valor.
O
1 de Maio é o dia de todos nós. É o dia das pessoas. É o dia para fazer
acontecer dias melhores todos os dias. Para dar dignidade ao trabalho no plano
legal e contratual, mas também para garantir que tudo quanto se faz, tem um
valor de progresso para a humanidade e de respeito para com o planeta. O
trabalho é um meio. O sentido da vida é um fim. É este espírito de Maio que vos
convido a celebrar. Dia 1 de Maio e sempre!
Carlos
Zorrinho
Fonte:
http://fazeracontecer.net
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