terça-feira, 26 de abril de 2016

EMPRESÁRIO FALIDO PROCESSA BANCOS POR RECUSAREM EMPRÉSTIMO


 
jgomes.pt
Fachada da J. Gomes – Sociedade de Construções do Cávado, SA,
O empreiteiro João Gomes de Oliveira, que foi presidente do Sporting de Braga, está a processar quatro bancos nacionais alegando que o levaram à falência, por terem limitado e agravado as condições de financiamento à sua empresa.
Jornal de Notícias avança que, numa acção inédita, está em causa a construtora J. Gomes – Sociedade de Construções do Cávado, SA, propriedade de João Gomes de Oliveira, que reclama uma indemnização de 116 milhões de euros a quatro bancos, acusando-os de terem responsabilidade directa no processo que levou à sua falência.
Os bancos envolvidos são a Caixa Geral de Depósitos, o BCP, o Novo Banco e o Montepio Geral e a firma do empreiteiro alega que, a partir de 2008-2009, estas instituições financeiras “lhe estrangularam a tesouraria com agravamentos brutais das taxas de juro, restrições ao crédito e pedidos de reembolso de empréstimos”, descreve o JN.
“Não respeitaram a parceria e a lealdade existente”, defende ainda a empresa, notando que não lhe permitiram concretizar obras de 5,7 milhões negociadas em França e mais 7,8 milhões em obras em negociação que não avançaram pela falta das habituais garantias bancárias.
João Gomes de Oliveira, empresário de Braga
A empresa argumenta que foi forçada a avançar com um Plano Especial de Recuperação em tribunal, no âmbito do qual alega que os bancos se comprometeram a financiá-la com um milhão de euros, para poder manter-se a funcionar.
Compromisso que, alega, não cumpriram, forçando assim um novo PER e uma situação de pré-falência, apesar de manter “40 milhões de capitais próprios”, frisa o jornal.
Os bancos refutam as argumentações da J. Gomes, alegando que ele estava em ruptura financeira e que não poderiam manter o financiamento sem restrições. O BES acusa mesmo o empresário de “má fé” e de querer “enriquecer sem causa” à custa dos bancos e a CGD diz que “quer passar para terceiros os custos da sua gestão”, cita o JN.
Por seu turno, o Montepio garante que emprestou dinheiro à construtora até 2013, enquanto o BCP argumenta que “ficou a perder oito milhões” com a empresa de João Gomes de Oliveira.
O Montepio terá financiado a J. Gomes em 3,5 milhões de euros, o BCP em nove milhões, o BES/Novo Banco em 11 milhões e a CGD em 12 milhões de euros.
ZAP

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