João António Pagliosa* |
Na última sexta
feira, o ilustre Juiz de Direito, Dr. Joaquim Barbosa, declarou na cidade de
Florianópolis, que apesar de toda a confusão e de todo estardalhaço político
que vivenciamos neste país de Cabral, o processo de impeachment de Dilma, não
tem sustentação jurídica legal.
Eu fiquei pasmo!
Será que este governo pusilânime, incrivelmente corrupto, e incompetentemente
nefasto merece continuidade? Ora, JB no alto de sua sabedoria jurídica
contradiz figuras como Ives Gandra Martins, como Olavo de Carvalho, para citar
apenas dois nomes de proeminência nacional incontestável.
Mas, Direito é
uma arte em constante transformação, (esta frase está lá na mochila de minha
filha Barbara, estudante de Advocacia), e eu fico matutando, assim: Se homens
togados que estudam uma vida inteira tem opiniões divergentes sobre determinado
tema, quem terá razão? Com quem está a verdade? E de que lado ficará o prezado
leitor?
A saída de Dilma
é golpe? A saída de Dilma é constitucionalmente legal, sob o ponto de vista
jurídico?
Eu, João, não
sou homem de meias palavras, e não fico em cima do muro, a vida me ensinou a
ser prático. Nunca procrastino decisão importante e, via de regra, sempre
defendo o pequeno e o menos favorecido, desde que ele esteja fazendo a sua
parte, fazendo o que por dever, lhe cabe fazer.
Tenho por JB um
enorme apreço. Já escrevi que este homem redimiu a nossa república pela sua
atuação brilhante no processo do mensalão, porém, infalibilidade é qualidade
que homem nenhum detém. Ninguém a outorga. Simples assim!
No caso em
questão, eu fico com o espoliado povo brasileiro, e em razão da extrema
gravidade da situação do país, eu rujo como um leão: “O impeachment de Dilma
não é golpe, muito pelo contrário, é um direito do povo brasileiro que está de
joelhos frente a esta panaceia de horrores que descamba para generalizada
corrupção.”
Àqueles que
defendem que é golpe, a saída de Dilma, eu pergunto:
Como não
criminalizar uma presidente que simplesmente destruiu uma Empresa como a Petrobrás?
Aproximadamente, quinhentos bilhões de reais sumiram pelo ralo da corrupção, (o
que representa dois mil e quinhentos reais para cada brasileiro), e a ex maior
empresa do país, vale no mercado hoje, menos do que possui de dívidas correntes.
Está literalmente falida!
Como não
criminalizar uma presidente que desde os anos sessenta, conspira e age
ativamente contra a democracia brasileira? E mente sempre, e sempre mente!
Como não
criminalizar uma presidente que libera dezenas de milhões de reais (dinheiro
público), para comprar apoio de políticos de qualquer sigla, apenas para
manter-se no poder? Como alguém pode
agir assim, se há dezenas de milhares de cidadãos brasileiros sofrendo as
agruras do caos na saúde, na segurança, na empregabilidade, no saneamento
básico....
Como não
criminalizar um presidente que tentou a todo pano manchar a integridade de
nossa FFAA, fazendo acontecer a Comissão
da Verdade, para desonrar cidadãos honrados como o Coronel Brilhante Ustra, (recentemente
falecido de causas naturais), que se defendeu e sozinho, calou o festival de
mentiras dos mentores da referida comissão.
Como, eu
questiono você, leitor, manter na presidência do país, um presidente que briga
para aumentar impostos, de um povo já quase falido por tanto pagar imposto?
No livro de
João, capítulo 2, Jesus Cristo é interpelado por Maria: “Eles não tem mais
vinho.”
Jesus cede ao
pedido de sua mão e realiza o primeiro milagre. E a festa de casamento
continuou, para a alegria de todos.
Há coisas que
quando acabam, causam uma confusão danada. O vinho em uma festa. O seu salário
que acaba já no dia 8 do mês em questão. Mas e quanto àqueles que não tem
nenhum salário? E aqueles 119 mil e pico que foram demitidos no mês de março
último?
A culpa é do
mercado internacional, ou é da dupla triplamente incompetente e letárgica,
composta por Lulla e Dilma? Pois é, então há coisas que precisam acabar logo
antes que a coisa fique ainda mais preta.
Ainda pior!
Veja leitor,
numa empresa privada, um CEO, um diretor, um gerente que apresente resultado
negativo, é demitido no primeiro balanço que apresenta. Sem nhém nhém nhém! Não
tem choro nem vela, é rua. Rua, mesmo!
No serviço
público e no governo, nunca é assim! Uh, dó!
E quanto a você?
Qual é a sua atitude quando a tensão e o caos alcançam a sua vida?
Creia, eu tenho
bastante autoridade para falar sobre este assunto. E recomendo com muita
ênfase, no momento da tribulação, faça como fez Maria, isto é, peça o milagre
de Jesus.
Caros, nós somos
apenas pó sem Deus, então, na crise, recorra a Jesus e se derrame para ele.
Conte em detalhes o seu problema; conversa franca entre você e o seu Deus.
Nunca se prostre
ante os seus fracassos. Nunca se queixe e nunca reclame de nada, como reclamam
a todo instante os nossos homens públicos, homens tão pejorativamente
indecentes, tão absurdamente ineficientes e tão vergonhosamente parasitas, da
nação que os abriga.
Em momentos
críticos como esse que vivenciamos, sei que devo rugir como um leão e devo
clamar aos quatro ventos: “Defenestrar Dilma não é golpe não! O impeachment de
nosso presidente da república é ato constitucionalmente legal”!
E, oro para que
este processo ocorra em clima de paz e de harmonia.
É sábio saber
perder! Mudar a nossa mente, às vezes, é duplamente sábio. Quiçá eu seja
ouvido! Quiçá estas minhas palavras encontrem eco!
Atenciosamente e
com o meu carinho.
João António
Pagliosa* - Engenheiro Agrônomo
Curitiba, 24 de
abril de 2016.
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