A fuga de
informação mostra como chefes de Estado e celebridades escondem dinheiro em
paraísos fiscais.
© DR
A polémica instalou-se com a revelação de, para já, 140 responsáveis
políticos e outras personalidades com vários bens em paraísos fiscais.
A lista batizada de 'Panama Papers' contém nomes como os do presidente da
Argentina, do presidente russo Vladimir Putin, do futebolista Lionel Messi e do
cineasta Pedro Almodóvar.
A estrela do cinema Jackie Chan também consta no dossier Panamá, por ter
pelo menos seis empresas geridas através da Mossack Fonseca.
Esta lista
comprometedora foi divulgada este domingo na sequência de uma fuga de
informação envolvendo a empresa de advogados panamiana Mossack Fonseca e dando
conta da criação de milhares de empresas offshore em paraísos fiscais para
estas personalidades administrarem o seu património.
Há ainda 72
chefes ou ex-chefes de Estado que poderão estar envolvidos neste enredo depois
de a lista ter sido divulgada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de
Investigação, que agrega repórteres dos mais variados meios de comunicação.
Por exemplo, o
falecido Ian Cameron, pai do primeiro-ministro inglês David Cameron, também
aparece na documentação. É acusado de usar a empresa Mossack Fonseca para
esconder os seus investimentos, de forma a não pagar impostos.
Também o rei
da Arábia Saudita, os primeiros-ministros da Islândia e do Paquistão, amigos de
Vladimir Putin, o ex-presidente da UEFA Michel Platini, e o irmão do rei Juan
Carlos constam nos documentos.
Estes
documentos revelam ainda movimentos de empresas offshore vinculadas à família
do presidente chinês, Xi Jinping.
O
primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur David Gunnlaugsson estará também
envolvido no escândalo por ele e a sua mulher deterem secretamente uma empresa
offshore que possuía milhões de dólares em obrigações do tesouro islandês
durante a crise.
Depois de
confrontado com as alegações, o primeiro-ministro optou por se recusar a
responder e levantar-se do seu lugar sem prestar quaisquer declarações, noticia
o jornal espanhol El Diario.
Já se ouve
falar num português, segundo a imprensa internacional. Em causa está o
empresário Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira. Ligado à exploração de
petróleo, gás natural e minérios, o português está na mira da justiça
brasileira no caso Lava Jato desde que vendeu parte do seu negócio num campo de
petróleo à Petrobras.
Há mais de 500
bancos e subsidiárias envolvidos por terem impulsionado a criação de empresas
em paraísos fiscais, por exemplo o HSBC e o UBS.
A empresa
Mossack Fonseca, especialista na gestão de capitais e patrimónios, revelou à
agência espanhola Efe que foi alvo de um ataque informático e que os seus dados
poderão ter sido afetados.
Fonte:noticiasaominuto
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