O Presidente da Argentina, o futebolista Lionel Messi e o
cineasta espanhol Pedro Almodóvar figuram na lista comprometedora de
personalidades divulgada hoje na sequência de uma fuga de informação envolvendo
a empresa de advogados panamiana Mossack Fonseca.
A lista, que inclui 72 chefes ou ex-chefes
de Estado, foi divulgada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas
de Investigação, que agrega mais de cem meios de comunicação. A série de nomes
- já conhecida como "Os documentos de Panamá" -
inclui o rei da Arábia Saudita, elementos próximos do Presidente russo Vladimir
Putin, o presidente da UEFA, Michel Platini, e a irmã do rei Juan Carlos e tia
do rei Felipe VI de Espanha, Pilar de Borbón.
A Mossack Fonseca, especialista na
gestão de capitais e patrimónios, negou à agência espanhola Efe qualquer
vinculação a delitos que possam ter cometido centenas de milhares de clientes,
de acordo com informações tornadas hoje públicas. Ramón Fonseca Mora, sócio da
empresa, disse que a companhia tem 40 anos de atividade legal e que criou 240
mil estruturas jurídicas, sem ter sido acusada ou condenada por qualquer crime.
Segundo a imprensa, a empresa comunicou
aos seus clientes que foi alvo de um ataque informático e que os seus dados
poderão ter sido afetados. A fuga de documentação revelada hoje pôs a
descoberto os bens de 140 responsáveis políticos ou personalidades em paraísos
fiscais.
O Consórcio Internacional de Jornalistas
de Investigação precisa, na sua página na internet, que mais de 240 mil
entidades "offshore" aparecem, em 11,5 milhões de documentos, ligadas
a mais de 200 países e territórios.
Pessoas ligadas ao Presidente russo,
Vladimir Putin, por exemplo, terão desviado mais de dois mil milhões de dólares
(mais de 1.750 milhões de euros) com a ajuda de bancos e sociedades fictícias,
relata a imprensa.
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