Durante muitos anos, a cidade perdida de Rhapta alimentou a imaginação de historiadores e arqueólogos.
A cidade, que atingiu o seu auge no século I d.C., foi mencionado na “Geografia” de Ptolomeu como a primeira metrópole do continente africano.
Terá sido na altura uma das cidades mais ricas e importantes, mas desde o seu desaparecimento há 1.600 anos não se conseguiu precisar a sua história ou localização. Os investigadores supunham que estaria localizada perto da costa da Tanzânia.
Em 2013, relata a agência Bloomberg, um helicóptero avistou estranhas formações no fundo do mar perto da Ilha Mafia, no arquipélago de Zanzibar.
No entanto, apenas agora o mergulhador Alan Sutton chegou aos restos de uma cidade, que se supõe pertencerem a Rhapta. As paredes dos edifícios, fortificações e cerâmica pareciam estar à sua espera, submersas.
Felix Chami, um arqueólogo da Universidade de Dar es Salaam, na Tanzânia, investiga há muito tempo a história e procura a localização da cidade de Rhapta.
O investigador garante que nas conversas com a população de cidades vizinhas foi-lhe confirmado que há “casas submersas”, mas os residentes atribuem-nas aos colonizadores portugueses.
Chami não põe de lado a hipótese de que os europeus tenham erguido uma cidade no local onde, inicialmente, tinha existido a antiga cidade de Rhapta.
Enquanto as ruínas submersas não são oficialmente confirmadas como a cidade perdida de Rhapta, mergulhadores e investigadores por conta própria já podem explorar a zona. A Ilha Thanda – um resort recém-aberto com um custo de 10 mil dólares por noite – oferece aos hóspedes a possibilidade de fazer um “mergulho guiado” pelo local.
ZAP / RT
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