Olá!
Sou a Ana Teresa Geraldo e faço parte do grupo Amigos da Avenida desde
os tempos de liceu, quando tive a oportunidade de participar num projeto entre
a minha escola - Escola Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima (Esgueira) - e a
Universidade de Aveiro. O projeto tinha como nome "Terra a Terra " e
visava explorar os recursos da nossa região tendo como objetivo explorar o seu
potencial económico, tendo contudo, consciência cívica e ambiental. Foi a
partir daí que pude reconhecer a importância do Programa Pólis bem como das
iniciativas locais. Com ajuda da professora que coordenava o nosso projeto na
escola, Teresa Beirão, tivemos (eu e o meu grupo) oportunidade de entrar em
contacto com o senhor professor José Carlos Mota da UA e partilhar com ele
aprendizagens. Foi do meu interesse pela atuação cívica bem como destes
encontros com o professor da Universidade de Aveiro que pude entrar para este
grupo de cidadãos participativos.
Sempre pensei que nossa atuação enquanto grupo fosse o reavivar da
Avenida Lourenço Peixinho que à data da minha entrada estava muito mais
abandonada do que agora (E ainda bem!), mas rápido percebi que a preocupação
era por Aveiro como um todo. Nunca ousei escrever nenhum e-mail por achar que
seria muito nova e inexperiente comparando com os demais membros. Agora que já
acabei a minha licenciatura em Economia, na Universidade de Coimbra, e
encontrando-me a realizar o Mestrado em Estudos de Gestão na Universidade do
Minho, Braga, penso que já posso dar um pequeno contributo para o debate. O
viver da Universidade associado à participação associativa no Coro Misto da
Universidade de Coimbra, e agora o aproveitar da juventude participativa e
ativa de Braga fizeram-me viver diferentes experiências e bastante
enriquecedoras.
Penso que Aveiro ainda está pouco dinamizado e muito fechado sobre si
mesmo. Embora podendo haver algumas manifestações culturais e recriativas,
essas são ainda pouco divulgadas ou então dirigidas a "nichos"
societários que na minha opinião não deviam existir.
Este e-mail, contudo, não serve para falar da cultura em si mesma. É uma
preocupação maior pelo património e a forma como o tratamos. A nova estação de
Aveiro é bastante inovadora tendo trazido à cidade mais movimento o que promove o desenvolvimento de atividades
económicas, quanto mais não seja, devido aos movimentos pendulares de muitos trabalhadores
da Zona Industrial. Mas o importante património de azulejaria e de história que
estão no antigo edificio da estação parece estar esquecido. Talvez só nos
lembremos dele quando estiver totalmente danificado e não puder ser possível
restaurá-lo. Se nos afirmamos enquanto amigos da Avenida, a Avenida Lourenço
Peixinho tem como um dos seus pontos ex libris a Norte a fachada, agora
abandonada, da antiga e rica estação de Aveiro. Então pergunto: seremos mesmo
amigos da Avenida?
É verdade que não é do meu conhecimento a quem pertence o edifício, se à
Câmara Municipal de Aveiro, ou se à própria Caminhos de Ferro de Portugal, CP,
mas gostava que tivessemos uma voz ativa enquanto grupo. Pelo menos que
fizessemos abanar corações e mentalidades, porque se não for por mais nada que
seja pela afetividade que temos ao que é nosso. E a estação antiga é nossa e
representa muito do que foi o nosso passado!
Gostava, assim, de saber se os coordenadores e restantes membros deste
grupo pensam deste assunto. Consideram que podemos ter alguma intervenção? Eu
ACREDITO que é possível! Estou
disponível para debatermos a situação, bem como para participar em atividades
que pensem ser pertinentes para ajudar a nossa querida antiga estação.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Teresa Geraldo
Editado a 29/05/2016
Estado triste da Estação de Aveiro
Opinião que conta:
Tem toda a razão o que acaba de
denunciar. Ao contrário de outras cidades como Braga e Guimarães, por exemplo,
Aveiro estagnou no tempo. Não se vê desenvolvimento e o que surge aqui ou ali,
são mamarrachos como a monstruosa ponte erguida em frente ao Parque Municipal,
que não serve para nada, é inestética e só serviu para a autarquia gastar uns
milhões de euros que poderiam ser aplicados em tantas outras obras. O reinado
da presidência de Élio Maia, como presidente da Câmara, foi um desastre, mas a
culpa foi de todos nós - aveirenses. Há uns anos - não muitos - havia, para além do Diário de Aveiro, dois
jornais que lutavam dia a dia pela cidade e tinham bastante audiência e
credibilidade: O Jornal de Notícias e o Comércio do Porto. Hoje, assim já não
acontece, infelizmente para Aveiro e a sua região. Concorda comigo ? Vamos
então lutar, em força e unidos, pela nossa estação, cujo historial não pode ser
apagado da nossa memória colectiva.
Carlos Naia
Comentário: a imprensa(?) que existe em Aveiro não levanta ondas, não incomoda quem devia incomodar, defende outros... campos. Saudades de outros tempos que já lá vão, em que a imprensa, mesma a dita regional incomodava.
Enfim, nem sequer faz valer o seu BI.
J. Carlos
Nenhum comentário:
Postar um comentário