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Comentador e escritor criticou a escolha
de Nuno Espírito Santo para orientar os 'dragões', opção que ainda não foi
confirmada, e diz que filho de PInto da Costa é centro de divisão interna no
clube.
Miguel Sousa Tavares, conhecido adepto
do FC Porto, desconfia da contratação de Nuno Espírito Santo como novo
treinador dos ‘dragões’.
“Espero que não se confirme a notícia da
contratação de Nuno Espírito Santo. Julgo que está um vasto leque de portistas
comigo, que achará que mais uma vez Pinto da Costa vai cometer um erro na
escolha do treinador. E ela é decisiva. Isto porque, um clube que foi duas
vezes campeão da Europa e do mundo, não se pode dar ao luxo de contratar um
treinador que não tem experiência suficiente, que só treinou dois clubes, e
nunca ganhou nada e que não tem carisma para o FC Porto”, afirmou, no seu
habitual espaço de comentário na SIC.
“Eu, como a grande maioria dos adeptos,
queríamos era Marco Silva. Já tem provas dadas , já ganhou alguma coisa e tem
outro prestígio e outro carisma que o Nuno Espírito Santo não tem. São ambos
treinadores jovens, só que um já deu provas e outro não. Marco Silva está no
ativo e Nuno Espírito Santo está no desemprego há alguns meses e por alguma
razão”, atirou depois.
Para o escritor, a chegada de Espírito
Santo é o culminar de uma guerra que existe dentro do FC Porto e que tem como principal
interveniente Alexandre Pinto da Costa.
“Isto representa a vitória da fação
Alexandre Pinto da Costa contra a fação Antero Henriques, que queria Marco
Silva. Primeiro, porque eu não concebo que haja uma fação do filho do
presidente que não tem nenhum cargo estatutário no clube nem nenhuma
legitimidade para se intrometer nestes assuntos. Segundo, porque se Nuno
Espírito Santo é contratado e se é representado pelo filho do presidente do FC
Porto. É preciso apurar se o FC Porto paga alguma comissão. Não tem que pagar,
é um treinador desempregado. Se, de facto pagou alguma coisa a Alexandre Pinto
da Costa, resta uma dúvida legítima, se o pai contrata o treinador por achar
que é o melhor para o clube ou por achar que é o melhor para o filho?”, levantou
as dúvidas.
“Há uma guerra que tem que ver com
poder, influência e dinheiro e que tem sido a principal razão à frente de
qualquer outra para o descalabro em que o clube tem vivido nos últimos anos. Eu
creio que esta contratação prolongue a guerra e a agonia a travessia do deserto
em que nós estamos”.
Fonte: noticiasaominuto
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J. Carlos
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