Luis Dufaur (*)
A
Corte Permanente de Arbitragem (CPA), sediada em Haia, decidiu que a China não
tem base legal para reclamar "direitos históricos" sobre a maior
parte das águas do Mar da China Meridional.
Pequim
havia inaugurado uma belicosa disputa para se apossar de arquipélagos
pertencentes ou reivindicados pelos países vizinhos, como Filipinas, Vietnã,
Malásia e Brunei.
“O Tribunal chegou à conclusão de que não há
base legal para que a China reivindique direitos históricos sobre as zonas
marítimas” disputadas e que ela havia “violado os direitos soberanos” das
Filipinas.
Nuvens de dragas transformam recifes em bases militares |
Pequim
quer se apropriar principalmente dos ilhotes, para transformá-los em base
contra a presença da Marinha de guerra americana na região, de longe a mais
importante e poderosa, e controlar o intenso comércio regional.
Para
apoiar suas reivindicações, a China ocupou o arquipélago das Spratleys,
composto por inúmeras pequenas ilhas e recifes, e construiu agressivamente
pistas de pouso, portos e outras instalações militares.
Para
esse fim, sepultou recifes coralinos, cobrindo-os com grandes quantidades de
areia e pedra. Os inefáveis ambientalistas, sempre dispostos a sabotar qualquer
iniciativa que a juízo deles prejudica ambientes naturais como os recifes
coralinos, não deram nem um pio. É, obviamente, por tratar-se da China
comunista!
O
governo das Filipinas havia apresentado em 2013 uma demanda à CPA, por
considerar que com suas pretensões a China viola a Convenção da ONU sobre o
Direito do Mar (CNUDM).
AChina não acata tribunal internacional sobre ilhas do Mar da China que não lhe pertencem |
A
CPA deu-lhe a razão, destacando que a “China violou os direitos soberanos das
Filipinas em sua zona económica exclusiva”, ao “interferir em sua exploração de
pesca e petróleo com a construção de ilhas artificiais”.
Após
o anúncio da sentença, Pequim respondeu que não acata a decisão de um tribunal
“que não aceita nem reconhece”.
O
tribunal foi criado no século XIX e tem grande autoridade para dirimir conflitos
no mar, mas, segundo a agência oficial chinesa Xinhua, “não tem nenhuma
jurisdição sobre o tema”.
Quando
se trata de invadir os outros, o expansionismo marxista não reconhece lei, nem
costumes ou jurisdições.
(*) Luis Dufaur é escritor, jornalista,
conferencista de política internacional e colaborador da ABIM
Fonte:
Agência Boa Imprensa – (ABIM)
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