O
banco alemão tem atualmente cerca de 400 trabalhadores em Portugal,
com 50 balcões
REUTERS/RALPH ORLOWSKI |
A
sucursal do Deutsche Bank em Portugal está em processo de
reestruturação, estando previsto o fecho de 15 agências, a
abertura de seis centros de investimento e a saída de alguns
trabalhadores, disse à Lusa o presidente do banco.
O
Deutsche Bank tem atualmente cerca de 400 trabalhadores em Portugal,
com 50 balcões, e, de acordo com Bernardo Meyrelles, irá fechar 15
destes, sobretudo nas cidades de Lisboa e do Porto, onde há agências
mais próximas entre si.
Em
contrapartida, afirmou, o plano passa pela abertura de seis centros
de investimento, dos quais quatro já estão em funcionamento, onde
dará preferência a clientes com mais alto valor patrimonial.
Neste
processo, o banco irá também diminuir trabalhadores, mas para já
foram relevados quantos sairão.
"Este
processo de reestruturação está a ser planeado há mais de um ano
e passa por preparar o banco para um modelo de negócio bancário que
não necessita de tanta presença física, que é mais digital",
afirmou o presidente do Deutsche Bank em Portugal, referindo ainda
que a instituição está ainda "a intensificar" a aposta
no crédito à habitação e a empresas.
Bernardo
Meyrelles garantiu também que estas alterações não têm que ver
com as últimas notícias sobre os problemas do alemão Deutsche
Bank, considerando que os clientes compreendem que tem havido
empolamento mediático de uma situação já conhecida, referindo-se
à multa da Justiça norte-americana.
O
Governo alemão disse hoje que não está a preparar um plano para
ajudar o banco Deutsche Bank, desmentindo informações da imprensa
alemã, que falava num eventual resgate ao maior banco daquele país.
O
Deustche Bank, que já estava sob pressão, tem sido cada vez mais
motivo de preocupação desde que a justiça norte-americana exigiu o
pagamento de 14 mil milhões de dólares para resolver um antigo
litígio nos Estados Unidos, montante que poderá, no entanto, vir a
ser reduzido em negociações.
O
Deutsche Bank é acusado, como outros grandes bancos, de ter vendido
antes do início da crise financeira de 2008 créditos imobiliários
convertidos em produtos financeiros, apesar de saber que não tinham
qualidade.
A
sucursal do Deutsche Bank em Portugal gerou, em 2015, lucros de cerca
de 15 milhões de euros.
Fonte:dn.pt/dinheiro
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