sábado, 19 de novembro de 2016

Ampliação do Cemitério da Praia de Mira: Esclarecimento sobre o comunicado do Presidente da Junta de Freguesia da Praia de Mira


 “O oportunismo e a banalidade não têm lugar num local sagrado e a nossa população tem de ser respeitada.”
 Nisto (e apenas nisto) estamos plenamente de acordo! Foi por respeito e só por respeito ao local sagrado onde repousam pessoas que nos são queridas e foi por respeito à população da freguesia da Praia que o Executivo Municipal se manteve calado perante mais um golpe de teatro a que o presidente da Junta de Freguesia da Praia de Mira já nos habituou. Também já vai sendo habitual a tendência para a vitimização mas esta estória da placa está muito mal contada e a Junta de Freguesia da Praia sai muito mal na fotografia.
Vamos então aos fatos:
1.º “Não há “ guerra” de cartazes.”
Há sim uma legítima informação por parte da Junta de Freguesia. O cartaz é claro e diz: “Ampliação do Cemitério (várias fases). Estamos a melhorar a freguesia a pensar em si! Durante este tempo agradecemos a sua compreensão. 1.ª Fase apoio: Município de Mira.” O sublinhado é nosso. Interessante. Se o cartaz tem informação relevante, que sinceramente não vislumbramos, qual foi a necessidade de o colocar, pela calada da noite, na véspera de finados, à entrada do cemitério, senão para fazer crer erradamente à população da Praia que a Junta de Freguesia estava ali a fazer um grande esforço financeiro?
Para que conste: a única despesa da Junta da Freguesia da Praia foi mesmo a da execução da placa! Já agora: a frase “1.ª Fase apoio: Município de Mira” consta desde início na referida placa ou foi lá colada posteriormente numa tentativa de calar a população mais atenta? Quantas versões teve a “placa” ? O conteúdo da “placa” foi elaborado com o claro intuito de chamar a si indevidamente os méritos de uma obra para a qual em nada contribuiu! Não há “guerra” de cartazes! Certo: o executivo municipal em nada contribuiu para tal. Quanto à afirmação “e a nossa população tem de ser respeitada” essa tem sido a conduta do Executivo Municipal, portanto façam o mesmo não a menorizando, Quando executar as tais obras que diz que irá fazer no cemitério aí, sim, terá oportuna e legitima informação para dar à população. Até lá…

2.º É notório o total desrespeito da atual Junta de Freguesia da Praia pelos seus antecessores.
Quando o ego é enorme menoriza-se o trabalho dos outros. Há muito que o anterior executivo da Freguesia da Praia de Mira vinha alertando para a situação e tinha feito, junto do anterior executivo municipal PS, todas as diligências necessárias à resolução do problema. Não vale a pena ao atual presidente da Junta armar-se em paladino da causa porque não tem tal mérito. Se a resolução do problema se resume a uma mera questão de atribuição de um subsídio para o efeito deverá o atual presidente da Junta de Freguesia da Praia questionar o anterior presidente da Câmara Municipal porque é que não o atribuiu e deixou arrastar a situação? Terá sido por mera questão de boicote ao anterior presidente da Junta da Praia? Terá nisso havido motivações e interesses políticos? A pergunta é legítima.

3.º” A verdade é que a Câmara não quis ser célere e negou atribuir um subsídio à Junta para executar esta fase, que acabou por ser empreitada a um empresário local”.
Esta afirmação contida no comunicado da Junta de Freguesia da Praia é particularmente grave pelas insinuações que contém. Questionamos: a Junta de Freguesia da Praia de Mira não está sujeita aos mesmos trâmites e prazos que a Câmara Municipal no que respeita ao cumprimento do Código da Contratação Pública? O Sr. Presidente da Junta acha-se assim uma sumidade tão superior ao Presidente da Câmara? Os empresários locais serão bastardos na sua terra ao ponto de não poderem executar uma obra pública? Foi para dar celeridade à obra que foi suspenso pela Junta de Freguesia, sem aviso prévio, o fornecimento de energia elétrica a partir do quadro do cemitério?

4.º O atual executivo municipal sempre entendeu a necessidade e a urgência do alargamento do cemitério da Praia de Mira. Por isso mesmo, desde o seu início, arregaçou as mangas e meteu mãos à obra.
O Presidente da Junta sabe que a Câmara Municipal teve que negociar com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e fez o auto de marca. Simultaneamente e, porque o terreno se encontrava em zona classificada com Reserva Ecológica Nacional, promoveu a sua desafetação. O Sr. Presidente da Junta tem noção do tempo que estas diligências demoram? Claro que não. Com um subsídio e sem estas permissões o Sr. Presidente da Junta poderia ter iniciado a obra? Claro que não!!

5.º “…exigimos que esta fase seja terminada quanto antes e não ao sabor de qualquer tempo eleitoral. Rejeitamos intenções políticas num assunto tão sério. Fazemo-lo com humildade e respeito…”.
Neste excerto a Junta de Freguesia da Praia de Mira revela a verdadeira razão do seu comunicado/esclarecimento: as próximas eleições autárquicas. Se dúvidas houvesse… A Junta de Freguesia da Praia estaria hoje muito mais confortável se a obra nem sequer estivesse iniciada. A verdadeira preocupação no comunicado não é o cemitério da freguesia; são as próximas eleições autárquicas. Revela também a forma como se tem relacionado com o atual executivo municipal: com arrogância. Não se lhe reconhece obra, apenas gestão corrente. Perante problemas das suas populações, outras juntas de freguesia resolvem-nos, adquirem meios para os resolver; a Junta da Praia apenas exige… Apesar disso, o atual Executivo Municipal tem tido para com a Junta de Freguesia da Praia de Mira um relacionamento institucional correto. A população da Praia de Mira sabe da atenção e do empenhamento que a Câmara tem colocado na resolução dos seus problemas.

6.º no que respeita à afirmação “ Amar a nossa Terra é ter respeito e “contenção” por aqueles que um dia tiveram de partir, muitas vezes em condições bem trágicas”.
O respeito pelos que partem é o mínimo exigido a um cidadão bem formado na nossa civilização. Já no que respeita ao termo “contenção” cuja conotação desconhecemos no texto somos que a melhor forma de respeito pelos que partem em situações trágicas é delas não fazer qualquer aproveitamento político.

Finalmente e para concluir, lembrar a Junta de Freguesia da Praia que os problemas não se resolvem com comunicados: a maior parte deles resolvem-se com obras! As do atual Executivo Municipal estão à vista!
A Ampliação do Cemitério da Praia é uma delas!

O Executivo Municipal
18-11-2016

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