sábado, 19 de novembro de 2016

Angola. A FACE OBSCURA DA DITADURA

Raul Diniz, opinião
Angola não é, nunca foi e jamais será um estado de direito democrático enquanto José Eduardo dos Santos permanecer no poder. Apesar do MPLA, partido que sustenta o poder oligárquico afirmar reiteradas vezes, que existe no país um regime democrático, a sociedade sabe que num país democrático não se discutem sucessões de presidente da república.
A sucessão presidencial é por si só uma zona cinzenta difícil de transpor por estar revestida de uma relevante inconstitucionalidade gravosa. 

O instituto da presidência da republica, não lhe atribui o direito de articular a possibilidade constitucional aceitável, da sucessão presidencial. Para se chagar ao poder, a constituição prevê a realização de eleições livres e justas, esse é o único quesito regulamentado, que visa possibilitar a alternância do poder. 

Por outro lado, a constituição não se omite em relação à alternância do poder. Mas, em relação à sobreposição da sucessão imposta pelo MPLA não possui a solidariedade da sociedade civil inteligente ativa.

Além de controversa, a sucessão presidencial gera conflitos institucionais por transpor polemicas variável, que visa em absoluto silenciar a constituição e a lei.

Esse propositado silêncio é propositado, oportuno, e necessário, por tratar-se de um ato de rebelião institucional, resultante de uma severa inconstitucionalidade, expressamente antirrepublicana.

Pensar Angola é um estado de direito democrático, é o mesmo que concordar que os países administrados por sociedades secretas e/ou as organizações criminosas secretas, sejam igualmente consideradas democracias. 

Aqueles que afirmam existir em Angola uma democracia sã e estável, são autênticos maníacos desequilibrados, e ilustres refratários patéticos que vive em fragilizadas redomas exotérica.

De confusas realidades surrealistas. Justiça poética

Algumas dessas pessoas protegidas do regime vivem assustadas, rodeadas de uma extensiva confusão surrealista. Elas disseminam sentimentos desprezíveis envenenados de ódio inaceitáveis, contra a maioria do cidadão que não se reveem nas suas politicas destorcidas. 

Por fazerem parte de um reduzido grupo de pessoas privilegiadas, elas são facilmente identificáveis. 

Eles apoiam a recondução do ditador JES para continuar a paralisar o país e as liberdades democráticas por mais 4 anos. Como considerar essa gente fantasmagórica? Socialmente essa gente não passa de parasitários serviçais e bocas de aluguer do regime, e da família do ditador.

A conduta politica do chefe da ditadura é a de um vulgar proscrito criminoso que a muito o deveria estar na cadeia, lugar para onde tem enviado injustamente os seus adversários.

O poder em Angola é modulado e conduzido por mentes acrofobias com medo de cair do alto do poder. Aliá, os defensores da absurda tese surrealista de Angola ser um estado de direito e democrático, são os mesmos obtusos antirrepublicanas, que transformaram o país um estado permissivo, e subliminarmente corrosivo.

Aprendi a duras penas e entendi que sou eu que tenho sempre que escolher as batalhas que tenho que travar em meu beneficio e do próximo.

Porém, para entrar numa guerra, o único modo de vencer, é entrar para ganhar.

Como pôde um governo totalmente derrotado na guerra da inclusão social ao longo de 37 anos de poder vir agora pregar que é forte e está preparado governar o país por mais 4 anos? Em politica não existe milagres para realizar a tão sonhada economia autossustentada.

Em mais de três décadas e meia o governo do MPLA, não conseguiu satisfazer sequer as necessidades mínimas do povo, que magica utilizará para retira-lo da crise profunda em 4 anos!

Por si só isso é uma extremoso indicador comprovativo de que a conduta politica do MPLA partido social do partido que sustenta a ditadura que controla o regime em Angola na sua gênese é imoral e antissocial. 

Improcedente, e inegavelmente contraproducente na sua melhor e mais extensa avaliação da situação sociopolítica e econômica e financeira. 

Por outro lado, a vontade do ditador querer a todo custo tentar permanecer no poder com jogadas dúbias, demonstra uma gritante falta de escrúpulos e inegavelmente criminosa sem solides democrática nenhuma. 

O MPLA não pode continuar a brincar nem a fingir que governa o país, quando na verdade açambarca toda riqueza financeira resultante da comercialização do crude e dos diamantes, transferindo-as para inúmeras contas offshore no exterior do país, em beneficio dos governantes.

De facto, a única realidade em concreto criada pelo partido que governa o país há mais de 40 anos, é a desesperança infletida na fome e na miséria, motivo, que fundamenta a desunião.

Honestamente fica difícil entender a motivação que estão por detrás do anuncio do governo, que cria o “Programa de redistribuição do Rendimento”, com a finalidade de articular uma maior inclusão social. 

Como acreditar na eficácia desse enunciado fundo, uma vez o país estar afundado em dividas até o pescoço?  Os credores externos não param de cobrar as dívidas contraídas pelo regime.

Por outro lado, o regime tem a perna os estados Unidos da América, que o pressiona todo o instante a clarificar sua politica fiscal e bancaria. Washington está deveras descontente com as sucessivas violações do regime às regras de compliance.

Os bancos e empresas nucleares de grande dimensão estão nas mãos dos filhos do presidente da republica, assim como as finanças do país. 

A pergunta que não quer calar é: Aonde irá o governo buscar dinheiro para esse publicitado fundo? 

Esquisito mesmo é o silêncio sequioso face á dimensão ampliada da crise que atropela o país em todas as esferas de desenvolvimento integralizado da economia. Ainda que o PR a apelide de crisezinha temporária, Porém, esse sentimento de JES não é partilhado pela maioria absoluta dos angolanos.  

Em breve conheceremos o verdadeiro nome dessa proclamada crisezinha segundo o presidente do regime, o nome real e/ou verdadeiro dessa crise, em absoluto se chamar em breve hiper-recessão.   

Esclarecimento PG: Alguns dos artigos que estamos a publicar (tal como este) foram cedidos ao PG em data atempada, só não foram publicados imediatamente devido a impossibilidades físicas da edição do PG que estamos a procurar superar para o regresso à normalidade. Aos autores e colaboradores, assim como aos leitores, apresentamos as devidas desculpas.

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