André Carneiro viu o seu gosto pelo mundo da música começar a nascer quando se apercebeu da sua vontade enorme de aprender a tocar novos instrumentos.
As ruas do Porto são o seu palco constante desde 2012 mas, em 2014, decidiu mostrar a sua voz ao país inteiro no programa The Voice Portugal. Apesar do seu percurso no concurso da RTP não ter sido longo, o jovem conseguiu mostrar o seu talento e, consequentemente, ganhar mais admiradores.
Nesta entrevista, André fala-nos do seu gosto por esta área assim como do seu percurso musical até hoje.
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Como surgiu o teu gosto pelo mundo da música?
Sempre tive um grande interesse em aprender a tocar instrumentos e a usar a minha voz. Sempre dei por mim a cantar inconscientemente.
Quais as referências musicais em que te tens inspirado?
As minhas maiores influências musicais são, provavelmente, Passenger, Ed Sheeran, Damien Rice, Glen Hansard e Foy Vance: o meu Top 5.
O que te dá mais gosto tocar instrumentalmente: o piano ou a guitarra?
São dois instrumentos completamente diferentes, cada um com o seu encanto.
Ao longo de todos estes anos, o teu estilo musical tem vindo a alterar-se ou mantens sempre o mesmo registo?
O registo vai alterando. Com a experiência e com a idade vais começando a aprender coisas diferentes e a fazer coisas que nunca imaginavas.
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Como surgiu a iniciativa de começares a tocar nas ruas do Porto?
Surgiu em 2012, quando percebi que era uma ótima forma de chegar às pessoas, com a minha música, de uma forma honesta.
Em que aspetos tocar na rua para um público que, muitas vezes, não te conhece é diferente de tocar em cima de um palco?
É sempre libertador tocar na rua. Não existem espetativas porque ninguém está a pagar, ao contrário de um concerto. Por vezes, basta cinco pessoas pararem e, de repente, tens uma multidão. É interessante conquistar as pessoas mesmo com temas originais.
The Voice tornou-te um André mais experiente?
Experiente e cauteloso. Esse tipo de programas destroem a auto-estima das pessoas porque realmente é tudo um mero negócio e um concorrente é apenas um produto.
O que é que o programa acrescentou à tua vida não só enquanto artista mas também a nível pessoal?
Como referi anteriormente, este programa ajudou-me a entender o que realmente importa e a maneira certa de trabalhar, pelo menos para mim, e também entendi como realmente funciona a televisão.
Após a tua eliminação no concurso televisivo, o que é que mudou relativamente à forma como és visto pelo público?
Não mudou muito. Sou uma pessoa normal e quero continuar a ser. Apenas quero continuar a fazer música e a tentar transmitir uma mensagem.
Para terminar, o que podemos esperar de ti no futuro e onde te podemos encontrar?
Este ano concluí o meu primeiro álbum. Para o ano de 2017 vou lançar o segundo álbum.
Também estou a tentar alargar o que faço na rua para outros países na Europa e outras cidades em Portugal. Podem encontrar tudo no meu facebook e outras redes socais.
Terminada esta entrevista resta-me agradecer ao André pela sua disponibilidade e, acima de tudo, por ter aceite responder às minhas questões.

Por Cátia Sofia Barbosa, aluna de Jornalismo na UC