Natural de Vendas Novas, Pedro Madeira mostrou desde cedo o seu talento na vertente musical. Este talento teve a sua primeira expressão nas aulas de piano e no coro “Oficina de Canto”, do qual fez parte durante dois anos.
Em 2006, Pedro participou no Festival da Canção Júnior onde nos presenteou com a música que o sagrou vencedor –“Deixa-me Sentir”. Nesse mesmo ano ainda representou Portugal na Roménia e, mais tarde, lançou o seu primeiro álbum que intitulou “Dá-me a tua mão”. O jovem licenciado em Comunicação Social e Cultural, frequenta o Mestrado de Televisão e Cinema e considera a educação indispensável no seu percurso.
Em 2009, o single “Descobre-me” deu ao jovem de 23 anos o mote necessário para o seu reconhecimento enquanto artista assim como aquela que ele considera ser a sua essência “quando pensares em desistir ou desaparecer, levanta a cabeça, acredita, tu consegues vencer”. Depois deste êxito lançou o álbum “Onze” e, em 2014, apresenta-nos “De Lisboa Para Ti”, um álbum com uma sonoridade mais abrangente e que, seguno Pedro, “vive das palavras”.
Nesta entrevista, Pedro Madeira fala-nos da sua aventura no meio musical e de todo o seu percurso até aqui.

pedro-madeira-1
Como te apercebeste deste teu gosto pela área da música?
Desde que me lembro. Sempre gostei de música e de estar ligado à mesma. As coisas foram-se acentuando com o tempo.
Estavas à espera que aquele menino que participou no Festival da Canção Júnior, em 2006, conseguisse conquistar tanto sucesso?
Antes do Festival da Canção não sabia muito bem se isto da música era algo para continuar. O Festival foi um começo, no fundo foi o que menos custou. Gerir uma carreira é o mais difícil.
Saíste vencedor com a música “Deixa-me Sentir”. Ainda gostas de a recordar de vez em quando?
Claro! Todas as histórias têm um começo e é sempre bom recordá-lo. Ainda para mais quando essa história representa parte significativa da tua vida.
“Dá-me a tua mão” foi o teu primeiro álbum a ser lançado um ano após a tua participação no Festival da RTP. De que forma a tua participação contribuiu para o sucesso deste álbum?
Este álbum foi um prémio relativo à minha participação no Festival e nunca foi equacionado vir a transformar-se num sucesso. Era um prémio. Para primeira experiência foi importantíssimo. Importantíssimo para a minha formação enquanto músico.
Porquê a Licenciatura em Comunicação Social e Cultural?
Primeiro, porque sou uma pessoa extremamente comunicativa que gosta de estar informada sobre o que se passa no mundo. Depois, porque adoro escrever e porque penso que é possível conciliar comunicação com música. São dois mundos mais próximos do que se pode imaginar.
O single “Descobre-me” foi, sem dúvida, um marco na tua carreira. Que mensagem pretendeste transmitir com ele?
Exatamente aquilo que a música transmite. Uma mensagem de força para momentos complicados.
Porque é que “Onze” é um disco tão especial?
Será sempre um disco especial. Foi uma fase muito boa da minha vida. Sentia-me capaz de tudo. Era um disco pop, básico, mas muito diferente da pop que na altura se ouvia em Portugal.
O teu quarto álbum chama-se “De Lisboa para ti”. O que é que ele tem de tão especial para conseguir captar tanto a atenção do público português?
É um álbum sobre Portugal. É uma homenagem ao país que amo. É um álbum diferente porque vive das palavras.
O que é que te falta alcançar?
Tudo. Quando perder a ambição a música deixa de fazer sentido. Para fazer música só para mim não precisava de objetivos. Música também é entretenimento e esse é um dos meus objetivos: entreter as pessoas.
Para terminar, que conselhos darias a jovens que, tal como tu, têm o sonho da música?
Utilizem bem o vosso talento pensando de que forma o podem rentabilizar. Infelizmente talento não chega. É preciso pensar na música como um outro negócio qualquer: criar um bom produto, ter uma imagem forte e esperar que o público o queira comprar. Um artista é também um homem de negócios. Cada vez mais.
Terminada a entrevista resta-me agradecer ao Pedro por toda a sua disponibilidade e, acima de tudo, por ter aceite responder às minhas questões.


Por Cátia Sofia Barbosa, aluna de Jornalismo na UC