Mário Motta, Lisboa
Eleições nos EUA, hoje. Na costa leste já se vota, o sol chega lá primeiro. Não tarda e todos os EUA – nem todos – acorrem às secções de voto a escolherem a defecação preferida para presidir à nação que mais crimes de guerra e contra a humanidade tem globalmente cometido, depois de Hitler. Chamam-lhes… e consideram-se a potência mundial, o império, com razão. A história diz-nos que todos os impérios caem. O império dos EUA já está a cair. O estrondo, a queda total, talvez só daqui por algumas décadas. Aguardem pacientemente, a história repete-se mesmo que demore séculos.
Em Portugal, como em qualquer aldeola do mundo, o tema eleições nos EUA é tão lembrado, publicitado e comentado como se de eleição do regedor da aldeola se trate. Afinal todas as aldeolas, quase todas, fazem parte da subserviência imposta àquele império – os da média tratam disso. Com muito mais acuidade no pseudo “mundo livre, democrático e ocidental”.
Nas eleições norte-americanas é notório que a manipulação assenta na dependência de dois candidatos, denominados democratas e republicanos. A comunicação social de quase todo o mundo ignora outros candidatos que também concorrem. Nesta campanha eleitoral-espetáculo as vedetas são Hillary Clinton e Donald Trump. E é sempre assim. Tem sido sempre assim. Os candidatos dos dois partidos que dominam e repartem os EUA e o mundo entre si – democratas e republicanos – impõem-se nas luzes da ribalta por domínio absoluto de que desfrutam na comunicação social. São praticamente ignorados e relegados à escuridão os outros candidatos que apesar de tudo vão à disputa e que fariam muito mais sentido serem eleitos. Mas tal não interessa às grandes corporações, aos sindicatos da corrupção, do armamento e da guerra, aos poderosos das finanças que sugam por quase todo o mundo os recursos pertencentes aos outros continentes, aos outros países e aos outros povos.
200 milhões de eleitores norte-americanos registaram-se para votar nas eleições de hoje nos Estados Unidos. São eles que vão determinar quem será o 45.º Presidente. Aparentemente a compita eleitoral é só entre Clinton e Trump, mas também Gary Johnson, ex-governador republicano do Novo México e candidato do Partido Libertário - terceiro maior partido dos EUA - e a candidata presidencial do Partido Verde, Jill Stein, estão na corrida eleitoral. Claro que desses quase ninguém no mundo sabe de suas existências. Fruto da comprovada manipulação dos órgãos de comunicação social de todo o mundo e, principalmente, dos EUA.
“Que venha o diabo e escolha” é o termo português para definir o que não presta entre pares. Nos EUA diz-se que têm de escolher e eleger para presidente “o mal menor”. Por isso hoje é dia da condenação dos eleitores norte-americanos terem de escolher a defecação preferida. É exatamente disso que se trata. E o que tem de ser tem muita força. Até um dia, porque é importante não esquecer que o mundo pula e avança – como se canta na “Pedra Filosofal” tão portuguesa… e global.
Nenhum comentário:
Postar um comentário