domingo, 27 de novembro de 2016

Deputado acusa governo venezuelano de se apropriar de medicamentos da Cáritas

Um deputado à Assembleia Nacional (parlamento) da Venezuela, acusou hoje o Governo do Presidente Nicolás Maduro de se ter apropriado de 75 mil embalagens de medicamentos recolhidos pela Cáritas para ajuda humanitária.
Deputado acusa governo venezuelano de se apropriar de medicamentos da Cáritas
A denúncia foi feita pelo parlamentar opositor José Manuel Olivares, que denunciou que os medicamentos foram recolhidos em agosto último e que não foi autorizada a entrada no país, tendo sido depois declarados “em abandono” e entregues ao Instituto Venezuelano de Segurança Social.
Ponham-lhe o nome que quiserem, mas na minha povoação isso se conhece como roubo. Hoje o Governo de Nicolás Maduro rouba a ajuda humanitária, rouba os medicamentos e a solução aos venezuelanos que morrem por carência de medicamentos”, disse Olivares durante uma sessão parlamentar.
A Conferência Episcopal Venezuelana e a Cáritas Venezuela emitiram um comunicado conjunto explicando que foi realizado “o processo de trâmites indicados pelas autoridades”, incluindo o pedido das licenças necessárias para que os medicamentos doados dessem entrada no país.
No documento instam os diferentes atores a despolitizar o tema dos medicamentos e a procurar soluções para as dificuldades da população.
Segundo a imprensa venezuelana os serviços alfandegários venezuelanos pretendiam cobrar a quantia de 7.000 euros para permitir a entrada dos medicamentos.
Em 23 de novembro o Serviço Nacional Integrado de Administração Alfandegária e Tributária (Seniat) anunciou que tinha entregado 617 caixas de medicamentos ao Instituto Venezuelano da Segurança Social, depois de terem sido declarados em “abandono”.

Os medicamentos, segundo o Seniat, tinham sido doados por uma empresa chilena à fundação Cáritas de Venezuela.
25 NOV 2016 / 20:36 H.

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