Um
deputado à Assembleia Nacional (parlamento) da Venezuela, acusou
hoje o Governo do Presidente Nicolás Maduro de se ter apropriado de
75 mil embalagens de medicamentos recolhidos pela Cáritas para ajuda
humanitária.
A
denúncia foi feita pelo parlamentar opositor José Manuel Olivares,
que denunciou que os medicamentos foram recolhidos em agosto último
e que não foi autorizada a entrada no país, tendo sido depois
declarados “em abandono” e entregues ao Instituto Venezuelano de
Segurança Social.
“Ponham-lhe
o nome que quiserem, mas na minha povoação isso se conhece como
roubo. Hoje o Governo de Nicolás Maduro rouba a ajuda humanitária,
rouba os medicamentos e a solução aos venezuelanos que morrem por
carência de medicamentos”, disse Olivares durante uma sessão
parlamentar.
A
Conferência Episcopal Venezuelana e a Cáritas Venezuela emitiram um
comunicado conjunto explicando que foi realizado “o processo de
trâmites indicados pelas autoridades”, incluindo o pedido das
licenças necessárias para que os medicamentos doados dessem entrada
no país.
No
documento instam os diferentes atores a despolitizar o tema dos
medicamentos e a procurar soluções para as dificuldades da
população.
Segundo
a imprensa venezuelana os serviços alfandegários venezuelanos
pretendiam cobrar a quantia de 7.000 euros para permitir a entrada
dos medicamentos.
Em
23 de novembro o Serviço Nacional Integrado de Administração
Alfandegária e Tributária (Seniat) anunciou que tinha entregado 617
caixas de medicamentos ao Instituto Venezuelano da Segurança Social,
depois de terem sido declarados em “abandono”.
Os
medicamentos, segundo o Seniat, tinham sido doados por uma empresa
chilena à fundação Cáritas de Venezuela.
25
NOV 2016 / 20:36 H.
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