O
julgamento de 37 ex-militares acusados de crime de rebelião contra o
palácio presidencial era para prosseguir hoje na Câmara dos Crimes
Comuns, no Tribunal Provincial de Luanda. Foi, no entanto, adiado
devido a falta de electricidade no edíficio. O julgamento terá
assim lugar amanhã.
Os
advogados da defesa afirmam que os chamados "golpistas",
que rejeitam a acusação do Ministério Público, estavam apenas a
organizar-se para uma manifestação com vista à sua inserção na
taxa social das Forças Armadas Angolanas para beneficiarem de
pensões de reforma
Estes
sustentam também que os acusadas não estavam armados, tendo sido
encontradas armas em apenas dois indíviduos que pretendiam utilizar
numa empresa de segurança que estavam a formar. Na sua maioria, os
acusados, que pretendiam organizar a manifestação no dia 30 de
Janeiro, são ex-militares da UNITA, em Luanda. São
provenientes das províncias do Huambo, Benguela, Huila e Bengo.
O
Ministério Público afirma que os "golpistas" queriam
atentar contra a vida do presidente angolano, José Eduardo dos
Santos, e que estavam a tentar apelar a novos aderentes para o grupo,
ao afirmarem que "o líder fundador da UNITA, Jonas Savimbi,
estava vivo e que iria regressar". Tudo isto é rejeitado pelos
advogados da defesa.
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