Primeiro sobrevivente a ser resgatado falou pela primeira vez à imprensa após o acidente.
O boliviano Erwin Tumiri falou com a imprensa brasileira sobre a tragédia que vitimou toda a equipa do Chapecoense na última semana, na Colômbia, quando o avião que transportava a equipa brasileira rumo a Medellín se despenhou a menos de 20 quilómetros do aeroporto. O membro da tripulação garante que, ao contrário do que foi dito antes, ninguém se apercebeu de que havia problemas com o avião.
"Foi feito um aviso normal de que o avião iria aterrar e foi dito para seguir o protocolo. Ninguém percebeu que o avião ia cair. Estávamos prontos para fazer uma aterragem normal", começou por dizer, em declarações ao "Globoesporte".
"Falei com o treinador Caio Júnior durante o voo. Ele estava a ensinar-me português. Quando disseram para apertar os cintos que o avião ia aterrar, cada um foi para o seu lugar. As luzes apagaram-se e o avião começou a vibrar. Pensei que era uma aterragem normal, mas não foi. Apenas ouvi e depois não me lembro de mais nada. Só de me levantar do chão", acrescentou, relatando, depois, os momentos que se seguiram.
"Pensei que era um pesadelo. Acordei e pensei: 'o que é que aconteceu?'. Peguei na minha lanterna e gritei por ajuda. Dei sinal com a lanterna para que me vissem e encontrei a Ximena (o outro membro da tripulação que sobreviveu). Corri na direção dela e disse-lhe para sairmos dali. Só havia mato e estava tudo escuro. Tentámos ir na direção do aeroporto porque tivemos medo de uma explosão", rematou.
Erwin Tumiri negou ainda ter dado uma primeira entrevista aos meios de comunicação da Bolívia e ter dito, inclusive, que sobreviveu porque "cumpriu as regras de segurança". "Isso é falso. Nunca falei antes. Isso de ter ficado na posição fetal é tudo mentira".
Fonte: O Jogo
Foto: DR
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