Os
professores universitários de Angola deram uma moratória ao governo
para até Março atender às suas reivindicações, caso contrário
vão bloquear o arranque do Ano Académico.
O
caderno reivindicativo da classe docente universitária angolana foi
entregue às tutelas há três anos e até hoje não houve resposta.
O Sindicato
dos Professores do Ensino Superior - SINPES -
reuniu-se este sábado (19/11) para analisar a situação e depois de
ter ameaçado paralisar as aulas já em Novembro e assim comprometer
a época de exames finais, decidiu dar uma moratória de três meses
ao governo para que sejam atendidas as suas reivindicações, "caso
contrário não haverá abertura do Ano Académico e uma greve será
declarada a partir da primeira semana do mês de Março",
afirma Carlinhos
Zassala, secretário do SINPES para a primeira região académica de
Luanda e Bengo.
O
dirigente sindical enumera alguns dos pontos deste caderno
reivindicativo como
: "o
pagamento de subsídios
e salários em atraso há mais de cinco anos; não
promoção dos professores de
acordo com o estipulado no estatuto de carreira docente; não
conclusão da cidade universitária da Universidade Agostinho
Neto; falta
de seguro de saúde,
entre outros".
Carlinhos
Zassala afirma
ainda que a classe docente pretende reaver
o estatuto especial,
que foi anulado com a sua integração na função pública e lamenta
os critérios de formação adoptados em Angola, onde "temos mais
institutos de formação superior privados do que públicos e o
SINPES não concorda com
a afirmação segundo a qual vamos
formar a quantidade e depois é que vamos ver a qualidade,
a qualidade deve ser sempre inerente à qualidade".
Só
na "região
de Luanda
que concentra cerca de 50% das instituições de ensino superior,
cerca de 47 são privadas e 9 públicas",
afirma ainda Carlinhos
Zassala.
Fonte:pt.rfi.fr
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