segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Angola: professores universitários ameaçam paralisar Ano Académico 2017

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Os professores universitários de Angola deram uma moratória ao governo para até Março atender às suas reivindicações, caso contrário vão bloquear o arranque do Ano Académico.

O caderno reivindicativo da classe docente universitária angolana foi entregue às tutelas há três anos e até hoje não houve resposta.

Sindicato dos Professores do Ensino Superior SINPES - reuniu-se este sábado (19/11) para analisar a situação e depois de ter ameaçado paralisar as aulas já em Novembro e assim comprometer a época de exames finais, decidiu dar uma moratória de três meses ao governo para que sejam atendidas as suas reivindicações, "caso contrário não haverá abertura do Ano Académico e uma greve será declarada a partir da primeira semana do mês de Março", afirma Carlinhos Zassala, secretário do SINPES para a primeira região académica de Luanda e Bengo.

O dirigente sindical enumera alguns dos pontos deste caderno reivindicativo como : "o pagamento de subsídios e salários em atraso há mais de cinco anosnão promoção dos professores de acordo com o estipulado no estatuto de carreira docente; não conclusão da cidade universitária da Universidade Agostinho Neto; falta de seguro de saúde, entre outros".  
Carlinhos Zassala afirma ainda que a classe docente pretende reaver o estatuto especial, que foi anulado com a sua integração na função pública e lamenta os critérios de formação adoptados em Angola, onde "temos mais institutos de formação superior privados do que públicos e o SINPES não concorda com a afirmação segundo a qual vamos formar a quantidade e depois é que vamos ver a qualidade, a qualidade deve ser sempre inerente à qualidade". 

Só na "região de Luanda que concentra cerca de 50% das instituições de ensino superior, cerca de 47 são privadas e 9 públicas", afirma ainda Carlinhos Zassala.
Fonte:pt.rfi.fr
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