05 de Dezembro de 2016 às 13:19
"A companhia está a investir imenso no estudo de aprendizagem automática e automação, e está entusiasmada com o potencial dos sistemas automatizados em várias áreas, incluindo os transportes", afirma Steve Kenner, director de integridade dos produtos da Apple, citado pelo The Guardian.
O Wall Street Journal afirma que a empresa de Tim Cook, porém, poderá vir a desenvolver apenas o software capaz de controlar os veículos autónomos, e não construir o veículo na sua totalidade.
No documento enviado por Kenner, a Apple explica que os fabricantes devem partilhar informação entre si para evitar determinadas situações que os veículos podem enfrentar em circulação, nomeadamente informações recolhidas de acidentes. "Ao partilhar informação, a indústria poderá construir um conjunto de dados mais completo do que qualquer empresa poderia criar sozinha", afirma Steve Kenner, sublinhando no entanto que a mesma partilha não pode comprometer a privacidade.
A mesma carta apela a uma reflexão sobre a ética envolvida no ramo dos veículos autónomos. Kenner argumenta que "os veículos autónomos prometem um impacto tão profundo e humanos, que as empresas deviam considerar as dimensões éticas de tais veículos". Tais considerações, segundo o The Guardian, dizem respeito à privacidade, à forma como o software dos automóveis faz decisões, e o impacto no emprego e nos espaços públicos.
No final, Steve Kenner afirmou que a Apple estava disposta a colaborar com a Autoridade Nacional e outras partes interessadas.
Mike Ramsey, analista na Gartner Inc., conta ao Wall Street Journal que esta aposta no mercado automóvel pode significar que a Apple está a tentar investir onde sente que poderá vir a fazer a diferença.
O projecto Titan, concebido no sentido da Apple chegar ao mercado automóvel, passou por vários avanços e recuos, tendo sido anunciado uma suspensão dos planos no passado mês de Outubro.
No início deste mês, a Apple também se mostrou disponível a alargar o seu negócio à área da saúde. A empresa tem vindo a reunir-se com a Administração de Medicamentos e Alimentos norte-americana, e um dos assuntos discutidos está relacionado com soluções para problemas cardíacos e de Parkinson.
Fonte:jornaldenegocios
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