A Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha está a preparar a quarta edição do Pontes Sonoras,
um projeto municipal de inclusão social que alia música, dança e teatro, culminando num
espetáculo no Cineteatro Alba. A edição de 2017, denominada “Arbo”, conta com a
participação de 20 elementos da APPACDM de Albergaria-a-Velha, bem como de 13 jovens do
Conservatório de Música da Jobra e da AlbergAR-TE – associação cultural. O resultado final
será apresentado no dia 20 de maio, pelas 21h30.
Os ensaios estão a decorrer no Centro Cultural da Branca, dirigidos por um docente de música
da Autarquia. O elemento orientador do espetáculo de 2017 é a árvore, símbolo da vida, mas
também da diferença, pois independentemente da forma como vai crescendo, acaba sempre
por dar frutos. Ao longo das várias sessões de preparação, novas ideias têm surgido dos vários
elementos do grupo, transformando o processo criativo num verdadeiro trabalho colaborativo,
onde as diferenças são esbatidas. No final, o importante é que todos se divirtam e que
transmitam essa boa disposição ao público no dia do espetáculo.
O projeto Pontes Sonoras promove o desenvolvimento de diferentes competências nos utentes
da APPACDM, nomeadamente o aumento da concentração, o controlo dos momentos de
silêncio, a coordenação motora e o trabalho em equipa. Os jovens participantes das
associações do Concelho têm, por seu lado, uma oportunidade de trabalhar com uma equipa
especial, testando a sua capacidade de adaptação a diferentes contextos.
O Pontes Sonoras é uma das faces mais visíveis do programa Incluir+, uma iniciativa da
Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha que visa promover a inclusão social da população
com deficiência. No âmbito do programa, criado em 2014, a autarquia promove, de forma
regular, sessões de expressão musical, atividade física adaptada e leitura encenada junto dos
utentes da APPACDM.
Desde 2015, a autarquia também tem disponível a Sala Snoezelen e a Sala de Integração
Sensorial, vocacionados para pessoas com deficiência, incapacidade, problemas sensoriais ou
neurológicos. Os dois espaços, equipados com materiais que estimulam as sensações físicas e
emocionais, têm sido utilizados por IPSS, Agrupamentos de Escolas e pelas Unidades de
Ensino Estruturado para a Educação de Alunos com Perturbação do Espetro do Autismo. No primeiro trimestre de 2017, já se realizaram 984 sessões nas duas salas, quase o triplo do
número realizado em igual período do ano passado (345).
Na área de ocupação de tempos livres, nomeadamente no Campo de Férias, a Câmara
Municipal está a apostar no desenvolvimento de condições adequadas para a participação de
jovens com necessidades especiais e com mobilidade reduzida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário