Você já se sentiu perdido a ponto de não saber o que fazer? Muitos de nós já experimentamos esta realidade em alguns momentos das nossas vidas. Não sabemos para onde vamos, o que queremos, sabemos apenas que não é por ali...
Por onde queremos ir, afinal? Por onde é que vamos? Em momentos como estes procuramos por algo que nos oriente, que nos guie, desejamos uma bússola nos indique o caminho... Parecemos esquecer (ou desconhecer) que é em nós que está essa resposta. É dentro de nós que podemos encontrar esse rebuscado instrumento de navegação chamado Valores.
É frequente confundirmos Valores com Objetivos. Os Valores são uma direção . Os Objetivos são destinos. Quando alcançamos um objetivo , o trabalho está feito, terminámos. Os valores, por seu lado, são viagens de uma vida. Não acabam. Guiam-nos ao longo da vida.
No entanto, e ainda que sejam coisas diferentes, Valores e Objetivos estão relacionados. Muitas e diferentes pessoas partilham, por exemplo, o objetivo de fazer um curso superior, e terão chegado a esse “destino” quando tiverem o certificado na mão. Missão cumprida, tarefa concluída, objetivo alcançado! Contudo, diferentes Valores podem aí ter estado envolvidos: alguns fazem-nos por terem a educação, a aprendizagem, como Valor; outros porque Valorizam a possibilidade de um futuro mais estável financeiramente, e ver este como um caminho para lá chegar; outros vivem o Valor da amizade, e a universidade é um contexto facilitador para conhecer novas pessoas e fazer amigos. Não há Valores bons nem maus... são escolhas (não decisões) que não carecem de ser justificadas ou defendidas.
Há também pessoas, ou momentos, em que parece nada ser Valorizado, em que os Valores parecem não existir. Isso acontece, geralmente, em momentos de quase desespero, ou em que nos sentimos profundamente desesperançados e receamos expressar os nossos Valores, ou, tão só, por não termos tido ainda espaço para entrarmos em contato pleno com os nossos próprios Valores.
Nesse trabalho pode ser importante questionarmo-nos “Isto é algo que me importa, pelo qual me interesso?”, em vez de “Consigo alcançar isto?”. Quais os Valores aos quais eu aspiro? Que Valores quero que rejam a minha vida?
E quando olhamos para dentro e começamos a encontrar estas direções , podemos arriscar questionarmo-nos quais desses Valores que encontrámos são verdadeiramente nossos, quais podem ser resultado da pressão social, ou da vontade generosa de agradar outros. Quais quero manter? Por que estou a fazer isto? Faço-o por mim ou por outra pessoa?
Importa não esquecer que o propósito dos Valores tem que ver com (re)descobrir as nossas próprias vidas, (re)descobrirmo-nos a nós mesmos e... escolher por onde vamos.
Debora Oliveira
Ótimo texto,apesar de eu estar procurando algo da psicologia que fale sobre isso...buscar auto-conhecimento.
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