José Oliveira tomou posse no último domingo, 21 de maio, como Comandante dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede. Numa cerimónia bastante emotiva o recém-empossado comandante agradeceu o “voto de confiança” e garantiu assumir o compromisso com “empenho, confiança e dignidade”.
Voluntário nos Bombeiros Voluntários de Cantanhede há 37 anos, José Oliveira foi durante sete anos quarteleiro, altura em que estava ao serviço 24 horas por dia, seis dias por semana.
“Quando aceitei o desafio de ser quarteiro, sabia que tinha que estar sempre disponível no quartel. Por isso, mudei-me com a família de armas e bagagens para lá. Tinha apenas o domingo de folga”, recorda.
Em 2011 passou a integrar o Comando como 2.º Comandante, cargo que no último ano acumulou com o de comandante em substituição. No último domingo, assumiu o lugar efetivamente.
Com José Oliveira foi também empossado Nuno Carvalho, como 2.º Comandante, que nos últimos seis anos desempenhou o cargo de Adjunto de Comando.
Num “dia especial”, que ficará “gravado para sempre na memória”, o agora Comandante dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede fez questão de agradecer o apoio recebido pela sua família e o “voto de confiança” da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede.
Embora reconheça que desempenhar funções de Comandante é “um desafio bastante difícil”, José Oliveira orgulha-se de conhecer bem o corpo de bombeiros de que dispõe e, como tal, sabe que pode ir “até ao fim”.
“Darei o melhor de mim. Entrego-me com empenho, confiança e dignidade a este compromisso”, garantiu.
Já depois de ter tomado posse, aproveitou o momento para chamar a atenção para as dificuldades com que os corpos de bombeiros se debatem no que diz respeito à captação dos jovens para as suas fileiras.
“É necessário que se criem incentivos para captar novos elementos” afirmou, salientando a sua intenção de em breve “apresentar propostas ao Município” nesse sentido.
Incentivo ao voluntariado pela atribuição de benefícios
A dificuldade de recrutamento de jovens para a causa humanitária foi também abordada por Adérito Machado, presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede.
Segundo o responsável, “dirigentes e órgãos diretivos dos bombeiros clamam por medidas que permitam estimular, despertar e atrair os mais jovens para a missão maior de salvar vidas”.
Apelando à intervenção do Município, Adérito Machado sublinhou que “a concessão de benefícios sociais aos bombeiros não pode ser palavras ao vento, pois é uma forma de incentivar o voluntariado”.
Assim, lançou o repto ao presidente da Câmara para que dê início a um projeto de regulamento de concessão de regalias sociais aos bombeiros voluntários”.
Em resposta, o presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, João Moura, manifestou a disponibilidade da autarquia para incentivar a captação de novos bombeiros voluntários e revelou a sua intenção de renovar em breve o protocolo de colaboração entre o Município e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede.
Segundo João Moura, “avizinham-se novos desafios para a Proteção Civil Municipal. Como tal, a atribuição de novas competências às autarquias no campo da Proteção Civil deve ser alvo de uma discussão alargada, acompanhada dos recursos financeiros necessários”.
João Moura não terminou sem destacar o “capital de experiência do novo Comandante”, e o importante papel do 2.º Comandante. Juntos, disse, são “uma mais valia” para o corpo de Bombeiros e para o Concelho.
Corpo de Bombeiros motivado e bem formado
Carlos Luís Tavares, comandante distrital de operações de socorro de Coimbra, elogiou a competência e o vasto conhecimento dos dois elementos do Comando dos Bombeiros de Cantanhede. Segundo este responsável, estas características “dão garantias do exercício das funções com sucesso”.
Já Fernando Gonçalves, em representação da Liga dos Bombeiros Portugueses e da Federação do Distrito de Coimbra, destacou a motivação e a formação do corpo de Bombeiros de Cantanhede, assim como o facto deste se encontrar “bem equipado”, de modo que perspetiva a superação dos grandes desafios que o Comando tem pela frente.
Depois de elogiar o percurso dos dois elementos do Comando, a sua disponibilidade para a corporação e a forma como se entregam à causa humanitária, o presidente da Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros de Cantanhede, Rogério Marques, mostrou-se convicto de que Comandante e 2.º Comandante “saberão como superar os desafios que vão encontrar no dia a dia”, embora admita que “o Comando de um corpo de bombeiros não é tarefa fácil".
Fonte: Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede
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