Depois da vitória de Portugal no Festival da Eurovisão de 2017, Lisboa e a MEO Arena perfilaram-se como escolhas óbvias para acolher a edição de 2018. Mas a Blitz diz que poderá não ser assim.
Guimarães, Santa Maria da Feira, Matosinhos, Lisboa e Portimão são as cinco cidades portuguesas mais bem posicionadas para organizar a final da 63.ª edição do Festival da Eurovisão, que terá lugar em maio do próximo ano, segundo adianta a revista Blitz, citando fonte próxima do processo.
Apesar de o ministro da Cultura, Castro Mendes, ter recentemente demonstrado a intenção de o Governo apoiar a produção deste festival, o investimento financeiro necessário para acolher um evento desta envergadura, transmitido para perto de 200 milhões de telespetadores, é de monta – basta ver pelos orçamentos dos últimos anos, que oscilaram entre os 14 milhões de euros de Estocolmo e os 56 milhões de euros de Baku, no Azerbeijão. Por isso, nos últimos anos, os organizadores das finais do Festival da Eurovisão têm aberto concursos para escolher a cidade que acolhe o evento. O mesmo estará a acontecer em Portugal, com a RTP, que recebeu o pedido da União Europeia de Radiodifusão para ser a anfitriã da próxima edição do festival, na qualidade de vencedor do 62.º Festival.
A escolha da sala a utilizar também não se avizinha fácil: o espaço que acolherá o evento será ocupado por um longo período de tempo: um mínimo de três semanas ou mesmo um mês, segundo a Blitz. Um período de tempo tão alargado pode deixar fora da “corrida” uma sala como a MEO Arena, com cerca de 18 mil lugares. Além de poder ter já datas contratadas no período de tempo mecessário para acolher o festival, o aluguer da maior sala de espetáculos do país por cerca de 20 dias não sairá, certamente, barato.
Por estes motivos, diz a Blitz, candidaturas como as da Exponor, em Matosinhos; do Europarque, em Santa Maria da Feira; do Multiusos de Guimarães, ou da Portimão Arena, ganham força, até porque a lotação não é um fator decisivo, uma vez que este é um espetáculo televisivo. Decisivos serão, isso sim, fatores como as condições técnicas do local, desde a disponibilização de cabinas para as dezenas de comentadores que narram ao vivo o festival até à capacidade hoteleira do local, que terá receberá as comitivas das quase três dezenas de países a concurso.
Fonte: Jornal Económico
Foto: REUTERS/Gleb Garanich
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