O rio Mondego, entre a Figueira da Foz, Montemor-o-Velho e Mortágua, vai receber um evento de remo de lazer em agosto, com a participação de 60 remadores de várias nacionalidades, revelou hoje a organização.
De acordo com o presidente da assembleia geral do Ginásio Clube Figueirense, Joaquim de Sousa, o “Portugal Rowing Tour – Mondego 2017” é um evento que é “um misto de prática desportiva, turismo de património cultural, natural e gastronomia”.
“Vêm praticantes de muitas nacionalidades, até hoje tivemos estrangeiros de 18 nacionalidades. Se fosse um evento apenas desportivo, este não existia, por isso a componente turística é fundamental”, referiu o promotor.
Durante a apresentação do Portugal Rowing Tour – Mondego 2017, que irá decorrer de 10 a 13 de agosto, Joaquim de Sousa sublinhou que os participantes levam as suas famílias e, ao longo dos percursos de remo agendados, fazem também visitas ao património e têm experiências gastronómicas locais.
Os participantes neste evento, em que o barco de eleição é uma yolette de quatro remos, têm entre 35 a 70 anos e farão um circuito total de 70 quilómetros em três dias.
A saída faz-se a partir da Figueira da Foz no dia 11 de agosto, com um primeiro circuito de 11 quilómetros e um segundo de 20, que termina em Montemor-o-Velho.
No dia 12 de agosto, o percurso em remo será feito entre S. João de Areias e a Marina Hotel Montebelo Aguieira, em Mortágua, num total de 20 quilómetros.
No último dia, o circuito será de 15 quilómetros, partindo da Marina Hotel Montebelo Aguieira, onde os remadores regressarão depois de uma passagem pela Ponte Velha de Santa Comba Dão.
O presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, realçou a importância do evento, que contribui para a valorização do turismo ativo da região.
“O Rowing Tour permite conciliar esta ligação entre um território que é marcado pela influência do litoral e de uma praia oceânica até a um espelho de água que tem a Aguieira, marcadamente já numa relação com o interior do centro do país. Tem esta grande vantagem de podermos ter uma modalidade que atravessa territórios, percorre marcas e vários produtos turísticos”, apontou.
No seu entender, esta é uma modalidade associada a um turismo ativo e desportivo, que tem ainda ligação a outros eixos como o património cultural, edificado e gastronómico.
“Tem a dimensão de podermos ‘casar’ o turismo ativo e o turismo desportivo, com o turismo gastronómico e cultural. Tem a valia de ter uma complementaridade com outros produtos turísticos”, disse.
Pedro Machado evidenciou ainda que este evento tem capacidade de poder criar dinâmicas para chegar a novos mercados internacionais, entre os quais os mercados asiático e americano.
“Há uma tendência para uma demografia mais envelhecida, mas que viaja muito, tem poder económico e nível cultural elevado. Por isso, esta aposta que o Rowing Tour, de uma faixa etária com alguma maturidade, é sinónimo de mercado que consome aquilo que temos como oferta integrada no centro de Portugal”, concluiu.
Fonte: Notícias de Coimbra
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