David Dinis, Director
|
Bom dia!
Aqui estão as notícias desta noite
A Ryanair vai ser investigada por “enganar” passageiros. Depois de cancelar milhares de voos nas últimas semanas, o regulador britânico de aviação acusou a companhia aérea de “enganar os passageiros de forma persistente com informações imprecisas”. O aviso foi claro: mudem ou acabarão nos tribunais.
Um alerta para o que está a acontecer no Azerbeijão: um grupo de activistas diz que estão em curso detenções em massa entre a comunidade LGBT, com agressões, abusos verbais e exames médicos forçados.
A América pôs mais pressão sobre a Birmânia. E pediu nas Nações Unidas um bloqueio à venda de armas ao país até que seja garantida a segurança dos Rohingya. "Não podemos ter medo de dizer que o que está a acontecer é uma perseguição brutal, para limpar o país de uma minoria étnica", acusou Nikki Haley.
O Twitter disse ao Congresso dos EUA o que sabe sobre a Rússia e a sua influência na campanha presidencial americana. Mas não parece saber muito. Bastaram duas palavras para a reacção do Congresso: “Very disappointing”.
No futebol, foi noite de Liga Europa. O Braga venceu e soube jogar até ao fim. O Vitória perdeu e afundou-se na tabela classificativa.
No Público hoje
Chegámos ao final da campanha e chegaram de Expresso as últimas sondagens, com um susto para o PSD. Entre duas guerras, Passos tenta resistir: à noite eleitoral e às directas que virão depois. Mas as más notícias são boas notícias para outros: do lado do PS já se fala numa "grande vitória" e Cristas em "fazer história", pelo menos em Lisboa. Na nossa penúltima ronda pelos líderes partidários, ouvimos ainda Jerónimo a falar só de votos, não de câmaras e Catarina a pedir os votos que já a fizeram feliz. A caravana do PÚBLICO passou também por Lisboa e Porto, para medir as temperaturas (aqui morna e aqui mais quente).
Mas como estamos à beira do fim, falamos também de outras oito batalhas que vão contar no domingo, pelo país fora, assim como da Madeira e Açores, já com vista para as regionais (entre tons laranja e rosa). Fizemos também reportagem em Pedrógão, onde nem o fogo uniu os ex-amigos. Entramos também no sonho dos pequenos partidos. E no último (e talvez maior) desafio dos autarcas: o do turismo e habitação.
Contamos-lhe também uma notícia: que André Ventura foi chamado a depor no processo dos vistos Gold, logo depois das eleições. Como testemunha de acusação contra o ex-ministro Miguel Macedo.
No Editorial, coube-me fazer um rápido balanço: "Domingo à noite falamos".
Saindo da campanha....
Marcelo deixou ontem um alerta: é preciso reduzir a dívida e ter cuidado com tentações eleitorais. Teodora Cardoso já tinha deixado outro para o Governo: baixar impostos seria um "erro muito grande".
À TSF, Costa deixou um desabafo: não compreende a "virulência" dos protestos dos enfermeiros.
Ontem, mais de 100 professores colocaram o Estado em tribunal, contestando o último concurso. Isto no momento em que sabemos que o número de professores aumentou pela primeira vez nesta década.
O caso do inspector-geral do Trabalho chegou à Justiça, com uma queixa no Ministério Público.
Uma boa notícia, no dia do Coração: as mortes por AVC diminuíram quase 40% em quatro anos.
Uma mudança de preço: o cartão de cidadão está mais caro, mas é válido por dez anos.
Uma guerra nas telecomunicações. As concorrentes da Altice declararam ontem guerra à operação de compra da TVI.
E um problema para a cultura: o Museu do Chiado pode perder colecção de arte "crucial".
Paragem obrigatória...
Eis as nossas leituras mais desenvolvidas de hoje:
1. Na rota do furacão da independência da Catalunha está um banco português: o CaixaBank, dono do BPI, tem sede precisamente em Barcelona e recusa clarificar se já entregou aos reguladores planos de contingência para sobreviver em cenários extremos provocados pelo referendo de domingo. A Cristina Ferreira faz contas aos riscos já identificados pelos investidores.
Na Catalunha está agora a nossa Sofia Lorena, que olhou para os outros referendos de secessão que vimos nos últimos anos - será a Catalunha diferente da Escócia e Quebeque? Aqui no PÚBLICO ouvimos também os dois lados desta barricada: eisum artigo exclusivo do MNE de Espanha ("a democracia espanhola não terminará no dia 1 de Outubro"); e uma entrevista ao seu equivalente na Catalunha (“Ninguém aqui quer ser mártir. Realmente não tivemos outra opção”).
2. O libertário, o feminista, o misógino, o 'playboy' supremo. Aqui entra o Mário Lopes, a falar já percebeu de quem: "Em 1953 decidiu combater o conservadorismo e a sexualidade reprimida do seu país com uma nova revista. Chamou-lhe Playboy e transformou-se num ícone do século XXI. Controverso e contraditório, Hugh Hefner viveu até ao fim de acordo com o seu mito, idealizado para um mundo que já não existe. E tudo começou com cinco dólares".
3. A história do fim de uma paixão é um disco de espanto, garante o Gonçalo Frota, na crónica que faz a capa do ípsilon. Fala-nos ele do sexto álbum de Aldina Duarte, Quando se Ama Loucamente, que usa como mote a obra de Maria Gabriela Llansol para contar a sua própria história, de uma paixão finalizada sem aviso. É, garante-nos o Gonçalo, um dos grandes acontecimentos musicais do ano. Folheando o ípsilon verá que é da rentrée musical que se fala. Mas também de cinema, passando pelo filme que estreia de Benny Safdie ("violência familiar e fantasia é mesmo Good Time", desafia-nos o Vasco Câmara) e por um sonho chamado Elis (será preciso ir ao cinema para a encontrar?).
O dia à nossa frente
A campanha acaba hoje, pelo que até à meia-noite conte com muitos comícios de encerramento. O que termina também é o prazo para os obrigacionistas do Novo Banco decidirem se aceitam a proposta do banco, para abrir caminho à venda ao Lone Star. Difícil também promete ser a reunião do Governo com o sindicato dos enfermeiros, sobre a revisão das carreiras. António Costa, esse, está em Talin na reunião dos líderes europeus, que terá olhos postos na Catalunha, onde o governo regional fará uma conferência de imprensa para explicar como vai ser o referendo (irá mesmo?). Já agora: na Grécia começa a Ultramaratona Spartathlon, uma prova de 246,8 quilómetros. Há um ano, o vencedor demorou... 23 horas a terminar a corrida.
Agora, Take a Deep Breath. Literalmente, porque este é o nome do documentário da BBC que promete mostrar-nos o azul dos oceanos como nunca o vimos (que os cinco minutos deste vídeo nos antecipam). Vem mesmo a tempo: amanhã é dia de reflexão e no domingo é jogo triplo: eleições, Catalunha e o Sporting-Porto. Aqui, vamos ter uma looonga e animada noite de trabalho. Para si.
Tenha um belíssimo fim-de-semana! Encontramo-nos por aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário