O chefe da polícia regional catalã emitiu hoje uma ordem interna a ordenar o envio de agentes em uniforme no domingo para desalojar de pessoas e encerrar os colégios eleitorais abertos para o referendo sobre a independência da Catalunha.
Segundo as instruções obtidas pela agência espanhola EFE, Josep Lluís Trapero, a autoridade máxima dos Mossos d'Esquadra (polícia catalã), também quer que os agentes apreendam urnas, boletins de voto e listas de votantes.
Está também a estudar a possibilidade de serem pedidos reforços a outros corpos policiais no caso de haver pessoas concentradas nas assembleias de voto que impeçam a execução daquelas diretrizes
A dois dias do referendo sobre a autodeterminação da Catalunha, os dirigentes da região continuam a dizer que a consulta se irá realizar, mesmo contra a decisão do Tribunal Constitucional espanhol, que decidiu suspender o ato por ter sido marcado unilateralmente e fora do quadro legal vigente.
Trapero dá continuidade a uma resolução do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha que ordenava o encerramento dos colégios eleitorais e a utilização de força policial no caso de "desobediência passiva" para acompanhar as pessoas até ao exterior dos locais, sem usar os bastões.
A vontade de colaboração dos Mossos d'Esquadra tem sido questionada pelas autoridades nacionais devido à sua grande proximidade com a população catalã, sendo o próprio Josep Lluís Trapero também visto como alguém próximo dos separatistas.
Segundo a ordem de serviço, se houver pessoas concentradas no exterior ou no interior dos colégios eleitorais que impeçam a entrada dos agentes ou a identificação dos presentes, a situação será comunicada à central.
Em função do número de pessoas concentradas, da situação e da presença de responsáveis dos colégios com quem se possa dialogar, os Mossos poderão ativar mais recursos ou pedir a presença de outros corpos policiais como a Polícia Nacional ou a Guardia Civil.
O governo catalão (Generalitat) marcou para 01 de outubro um referendo sobre a independência da Catalunha, declarado inválido pelo Tribunal Constitucional de Espanha.
Fonte: DN
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