terça-feira, 26 de setembro de 2017

Catalunha | Polícia bloqueia mais de 140 páginas da internet de apoio a referendo


Entre as páginas encerradas está a da Assembleia Nacional Catalã, organização da sociedade civil que tem como objetivo alcançar a independência da Catalunha

A Guardia Civil bloqueou nas últimas horas mais de 140 páginas da internet que apoiavam o referendo catalão convocado para 01 de outubro próximo, seguindo instruções do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.

Segundo fontes judiciais citadas pela agência espanhola Efe, as páginas da internet foram fechadas em cumprimento da resolução tomada no sábado pelo alto tribunal catalão que autorizava as forças de ordem a bloquear os "sítios" que apoiassem a consulta proibida pelo Tribunal Constitucional.

Entre as páginas encerradas está a da Assembleia Nacional Catalã (ANC), organização da sociedade civil que tem como objetivo alcançar a independência da Catalunha.

Esta é mais uma das medidas tomadas pela polícia nos últimos dias para desmontar a organização do referendo de autodeterminação da Catalunha que continua a ser apoiado pelas autoridades políticas máximas daquela região espanhola.

O Tribunal Constitucional espanhol suspendeu no início do corrente mês, como medida cautelar, todas as leis regionais aprovadas pelo Parlamento e pelo Governo da Catalunha que davam cobertura legal ao referendo de autodeterminação convocado para 01 de outubro

Apesar das decisões dos tribunais e da pressão de Madrid, o presidente do Governo catalão, Carles Puigdemont, mantém que o referendo de autodeterminação se irá realizar.

Os partidos separatistas têm uma maioria de deputados no parlamento regional da Catalunha desde setembro de 2015, o que lhes deu a força necessária, em 2016, para declararem que iriam organizar este ano um referendo sobre a independência, mesmo sem o acordo de Madrid.

Os independentistas defendem que cabe apenas aos catalães a decisão sobre a permanência da região em Espanha, enquanto Madrid se apoia na Constituição do país para insistir que a decisão sobre uma eventual divisão do país tem de ser tomada pela totalidade dos espanhóis.

Fonte: DN

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