terça-feira, 26 de setembro de 2017

Precários a tempo parcial também entram. SIRESP renegociado. Campanha aquece

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia!
Aqui estão as notícias desta noite:

Os curdos votaram em massa, apontando as primeiras estimativas para uma vitória clara da independência. Se a contagem oficial dos votos vai demorar, a ameaça dos países vizinhos já se faz sentir: o Irão suspendeu as ligações aéreas com o Curdistão iraquiano e a Turquia ameaça encerrar completamente a fronteira.
Um palestiniano matou três israelitas, à entrada de um colonato na Cisjordânia. Segundo a BBC, que cita as autoridades israelitas, o atirador palestiniano foi abatido a tiro e ainda não foi identificado.
Porto Rico pode ficar às escuras durante meses depois do furacão Maria. As imagens recolhidas por satélite mostram o quase total isolamento das populações.
Seis colaboradores de Trump usaram emails privados para discutir assuntos relacionados com a Casa Branca - incluindo o genro do Presidente, Stephen Bannon e Reince Priebus, o anterior chefe de gabinete. O método, denunciado peloThe New York Times, é proibido nos EUA por impedir um escrutínio público dos actos da administração. E foi largamente criticado por Trump quando quem o fazia era... Hillary Clinton. Agora, os republicanos pedem contas a Trump.
E o Obamacare resistiu a mais um ataque. Três senadores republicanosdisseram "não" a mais uma tentativa da equipa de Trump para rever a lei da saúde pública criada pelo ex-Presidente, tornando virtualmente impossível a sua revogação (outra vez), uma das promessas centrais de Trump na campanha. 

No Público hoje

É a manchete que marca o diahá via aberta para os precários a tempo parcial entrarem no Estado. Indo mais longe do que prevê a proposta de lei do Governo, um entendimento entre o PS, o BE e PCP garante que as pessoas nesta situação e que asseguram funções permanentes - como alguns assistentes operacionais das escolas ou formadores do IEFP - serão incluídas no processo de regularização extraordinário. A Raquel Martins tem os detalhes.
Outra notícia na edição de hoje: o Governo vai renegociar o contrato do SIRESP em 2018, três anos antes do seu fim. O MAI não quer desistir da rede de emergência, mas quer mudanças na tecnologia, na rede física e no contrato, conta-nos a Liliana Valente.
Da campanha eleitoral, anote uma subida de tom: ontem à noite, Costa acusou o PSD de fazer um "balão de ensaio" de discurso populista, em Loures, e deixou para um secretário de Estado o ataque ao PCP. Jerónimo, por seu lado,dramatizou o voto de domingo. Enquanto Catarina, mais longe desta guerra, dizia ao PÚBLICO que o “Bloco pode ser a grande surpresa destas eleições”. A isto chama-se subir uma fasquia. Já à direita, procuram-se caminhos novos: Passos anda na rota das desavenças socialistas. Enquanto, para Cristas, os cães ladram e a caravana segue (sobre duas rodas).
Na série sobre os 'desafios dos novos autarcas', hoje olhamos para os apoios às famílias. Onde a lista de insuficiências é extensa, quer se trate dos apoios às crianças, aos jovens e futuros pais, ou aos idosos, que vivem mais tempo e assim podem ajudar no acompanhamento dos netos (mas também acrescentam muitas necessidades à lista). O que pedem as associações? O que pedem os mais novos? A resposta não é (só) rendimento. É tempo. Para já, eis o que propõem os candidatos.
Um tempo, é do que parecem precisar Mário Centeno e Carlos Costa. Ontem, a história desta relação tensa teve mais um capítulo difícil. Para o ministro das Finanças, só o final da tarde trouxe um relaxante (sob a forma de uma folha Excel). 
Para virar a página, nada como a ciência: um homem em estado vegetativo há 15 anos recuperou a consciência com um implante de um estimulador de nervo cerebral. A história de esperança conta-se assim.

Paragem obrigatória

Estas são as leituras mais desenvolvidas da nossa edição de hoje:
1. Viel glück, frau Merkel. Foi uma chanceler em modo de gestão de crise a que apareceu no dia a seguir às eleições. Angela Merkel parece ter as opções muito limitadas para o seu quarto mandato: dentro de portas, o SPD mantém a recusa em dialogar; fora de portas, o diálogo com Macron para reformar o euro vai ter que esperar. A Maria João Guimarães, ainda em Berlim, explica-nos o impasse. E mostra como a extrema-direita já entrou numa cisão entre radicais e ultra-radicais. Já a Teresa de Sousa, pôs os olhos na consequência europeia e deixou a pergunta: "Macron vai alterar o discurso?".
2. "É preciso voltar a legitimar a ideia de igualdade". O historiador francês Pierre Rosanvallon esteve à conversa com a Teresa de Sousa sobre o grande desafio das democracias - os populismos e os regimes iliberais -, olhando também para França e para o teste da personalização da política que lhe trouxe Macron. É de lá que tiro esta citação que me deixou a pensar: "O problema geral das democracias, hoje em dia, é que estão saturadas de reivindicações e exigências, mas os meios materiais de resposta não existem"A entrevista está aqui.
3. E que tal um rendimento para todos, pago pelo Estado? A ideia esteve ontem em discussão, escondida na agenda por uma campanha autárquica na recta final. Desaparecida da cena política depois das experiências dos anos 60 e 70, a ideia está a ganhar raízes na Europa. Mas, por cá, entusiasma mais os académicos do que os políticos. Mas, diz o Amílcar Correia no Editorial de hoje, é tempo de discutir o tempo, trabalho e remuneração.
4. Mas afinal o que é pior: os “hidratos” ou a “gordura”? A resposta talvez não seja a que gostaria de ouvir: é que o que o engorda a si não é o que engorda o colega do lado. O melhor, por isso, é ler o que diz o Pedro Carvalho, para descobrir onde está a sua maior fragilidade alimentar e encontrar estratégias para não se expor a ela. A isto chama-se Estar Bem.

O dia à nossa frente

Hoje é dia da tomada de posse do novo presidente de Angola, João Lourenço, onde estarão Marcelo, Durão Barroso e Paulo Portas. É também dia denova reunião entre Theresa May e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, sobre o Brexit, de um esperado discurso de Macron sobre a reforma da Europa e da ida de Mariano Rajoy à Casa Branca (em pleno impasse catalão).
Por cá, há reuniões dos enfermeiros no Ministério da Saúde, também uma reunião de concertação social. E realiza-se o funeral do bispo emérito de Setúbal, D. Manuel Martins. Pela noite, o FC Porto vai ao Mónaco para um difícil jogo da Liga dos Campeões. Que corra bem aos portugueses.

Por agora, deixo-lhe um livro, um bolo e tempo para estar "como se fazia nos cafés". É uma bela ideia, vinda da Fugas, para começar bem o dia.
Nós vamos ficar por aqui, sempre a actualizar-lhe as notícias.
Até já!

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