sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Mais dúvidas no défice. Um grito no futebol. E uma obra-prima no ípsilon

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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 

Viva, 
aqui estão as notícias das últimas horas:

O "rocket man" respondeu a Trump: Kim diz que o presidente dos EUA é "mentalmente perturbado” e que vai "pagar caro" pelas sanções e ameaças à Coreia do Norte. Horas depois, o MNE norte-coreano disse que o seu país poderá lançar uma bomba nuclear de hidrogénio para o oceano Pacífico, como parte da “resposta ao mais alto nível” contra os EUA. Está assim, a guerra de palavras.
A ONU precisa de 1500 milhões para evitar a fome em quatro países: "Fizemos muito, mas temos de ser honestos: não conseguimos resolver o problema dramático que enfrentamos", justificou António Guterres. Os quatro países estão aqui.
Os catalães já podem saber onde votar no referendo que Madrid promete impedir. Um dia depois da intervenção do Estado espanhol, a Sofia Lorena resume assim o que se está a passar por lá.
Afinal, não havia nenhuma criança soterrada na escola do México. A notícia de uma menina soterrada nos escombros correu mundo, mas as autoridades desmentiram o episódio. O número de mortos no sismo do México subiu para 273. E há cidades completamente arrasadas pelo terramoto, mostra o The Guardian.

No Público hoje

A nossa manchete olha para um braço-de-ferro com Bruxelas sobre o défice de 2017, não só por causa da CGD, mas também por causa dos fundos comunitários. O Sérgio Aníbal explica o que tudo isto significa: que ainda não nos livrámos dos problemas.
Sobre o próximo Orçamento também há novidades: por exemplo, que odescongelamento nas carreiras arrisca prolongar-se até ao próximo Governo, tendo em conta os cinco cenários apresentados ontem aos sindicatos, que estes consideraram "psicadélicos". O Negócios fala de uma promessa diferente à UGT: o fim dos cortes nas horas extra. E nós dizemos que Centeno e o Bloco se aproximaram, mas pouco, naquilo que chamamos agora de Orçamento despacito.
Na campanha autárquica, há duas sondagens sobre o Porto bastante diferentes, na imprensa desta manhã: uma deixa Moreira empatado com Pizarro (JN); outra coloca o autarca à beira da maioria (CM/Negócios) - sendo que o PSD quase desaparece nas duas. Passos Coelho, ontem, esteve com Teresa Leal Coelho garantindo que "o PSD não está a lutar pela sobrevivência aqui em Lisboa", desvalorizando as sondagens e as críticas do Bloco ("direita esfrangalhada") e do PS (direita "bota-abaixo"). Quem apareceu também foi Rui Rio, destacando a... unidade do PSD.
Pelo caminho, há “barões” do PSD com saudades de eleger os líderes em congresso. Entre eles estão Santana Lopes, José Luís Arnaut, Duarte Marques, Pinto Luz e, mais em dúvida, Paulo Rangel. A direcção, essa, coloca-se fora da discussão, como nos conta a Sofia Rodrigues. No Editorial de hoje, eu digo que sim,os partidos também se reformam.
E o futebol, reforma-se? No PÚBLICO de hoje, o presidente da FPF deixa um grito de alerta: "É tempo de responder aos sinais de alarme". E o desafio é lançado ao presidente da Liga de Clubes e também ao Governo.
Anote ainda a notícia do Correio da Manhã sobre a investigação da PJ ao incêndio de Pedrógão Grande: tudo se encaminha para uma acusação de negligência da Protecção Civil, GNR e também da Ascendi, concessionária das estradas que não foram limpas.

Paragem obrigatória

Nas leituras mais desenvolvidas da nossa edição de hoje:
1. É de dinheiro que a UE quer ouvir Theresa May falar. A primeira-ministra britânica vai hoje a Florença com o objectivo de quebrar impasse nas negociações do "Brexit". Na mala traz a promessa de pagar 20 mil milhões pelo "divórcio", mas dificilmente irá satisfazer os europeus. A Ana Fonseca Pereira explica-nos, ponto a ponto, o que vamos ouvir hoje.
2. Na Alemanha está a Maria João Guimarães, ansiosa pelas eleições de domingo que devem eleger Angela Merkel para um quarto mandato. A reportagem de hoje leva-nos para junto dos refugiados, mais de um milhão, que em dois anos chegaram ao país que lhe abriu mais portas na Europa. O título que a Maria João escolheu é, também ele, uma bela porta de entrada: Omar “não se sente refugiado”, Khaled “não tem nenhum amigo”.
3. Foi uma mistura de frustração, tédio e raiva. Francisco Fernandes Ferreira mergulhou nos anúncios de emprego pelo pior motivo possível: ele próprio estava desempregado. Em pouco tempo, já estava a “identificar padrões” de comportamento dos empregadores. A perceber que tudo era possível: anúncios de estágios não legislados, procura por falsos recibos verdes, oferta de salários inferiores ao mínimo definido por lei. Começou a compilar informação. E agora reuniu quatro anos de abuso num livro. Já há “mais consciência” e “discussão pública” — mas a vergonha continua. A entrevista é da Mariana Correia Pinto, no P3. 
4. O cinema português tem uma nova obra-prima. E, claro, é no ípsilon que a podemos descobrir. Chama-se A Fábrica de Nada, é um filme que "recusa dogmas e acredita nas possibilidades", o grande filme sobre a crise nacional, garante o Jorge Mourinha. Na edição de hoje, o Vasco Câmara aproveita para nos falar dos filmes que nos podem salvar na rentrée. Mas, claro, este é apenas o arranque de mais uma edição cheia de astros. By the way...
5. Confirmado: chegaram ao nosso planeta raios cósmicos extragalácticos. De onde vêm os raios cósmicos mais energéticos? Diz a Teresa Serafim que já há uma resposta para esta dúvida: vêm de fora dos limites da nossa galáxia. Uma equipa de cientistas em Portugal está entre os mais de 400 investigadores responsáveis por esta descoberta. Se entrar por aqui, verá a luz.

O dia à nossa frente

Por cá, o INE divulga o valor do défice do primeiro semestre deste ano, tema que seguramente marcará o dia de campanha das autárquicas. Lá por fora é Theresa May quem vai marcar a agenda, num prometido discurso sobre o modo de implementar o Brexit, em Florença. Não muito longe, em Paris, o Governo francês aprova a reforma da lei do trabalho, que tem sido contestada pelos sindicatos com manifestações este mês. Há também futebol, com um FC Porto-Portimonense que abre o apetite para a jornada.
Deixo-o com uma surpresa boa: o PÚBLICO está a renovar o seu site, tornando-o mais rápido, mais fácil e mais interessante para si. Se for assinante, já o pode testar entrando aqui (e carregando no botão em baixo). Se não, é esperar mais um bocadinho ouvindo podcast onde se explicam as novidades - ou aproveitar a oportunidade e dar-nos o benefício da dúvida, tornando-se um dos nossos ;)
Nós por aqui estaremos, sempre prontos a recebê-lo com informação nova. Tenha um dia feliz e um excelente fim-de-semana! 
Até segunda-feira!

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