Novembro é tradicionalmente a época ideal para plantar árvores de espécies autóctones, ou seja, originárias do nosso território e por isso mais adaptadas ao nosso clima e à biodiversidade.Mais de 300 crianças aceitaram o desafio da Câmara Municipal de Estarreja e vão plantar espécies nativas de forma a sensibilizar para a importância desta floresta em comemoração do Dia da Floresta Autóctone (23 de novembro).
Os 311 alunos do ensino pré-escolar e do 1º ciclo das escolas Visconde de Salreu, Cabeças, Pinheiro, Congosta, Padre Donaciano e do Mato vão participar na plantação coletiva de 14 árvores, uma por cada turma, que terá lugar nas manhãs dos dias 23 e 24 de novembro, a partir das 9h30. Freixo, tulipeiro, gingo, aveleira, teixo, abeto e cedro serão as novas espécies que vão erguer-se este ano no Arboreto do Antuã (Parque Municipal do Antuã) e no BioRia em Salreu.
O Ouriço dá a conhecer as árvores autóctones
As comemorações do Dia da Floresta Autóctone incluem outras ações pedagógicas. Em todas as escolas do concelho, o dia será assinalado com a distribuição do cartão de cidadão da espécie Aveleira pelos alunos e professores. Em formato de marcador de livro, esta ferramenta do projeto «O Ouriço», que vai já na sua 9ª edição, pretende dar a conhecer, todos os anos, uma espécie autóctone.
A Aveleira é por isso a espécie em destaque num conjunto de atividades que incluem a degustação do fruto da Aveleira, a avelã. Decorrerão ainda ações ligadas à Rota pela Floresta, uma ação catalisadora de sinergias entre as escolas e a autarquia com o principal objetivo de agir pela proteção dos ecossistemas do município.
No BioRia, em Salreu, os alunos terão ainda a oportunidade de fazer um passeio em carro elétrico e perceber a importância de controlar o típico desenvolvimento rápido de espécies infestantes exóticas após a ocorrência de incêndios, que no passado mês de outubro atingiram o percurso de Salreu.
O ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas explica que a Floresta Autóctone é constituída por árvores de espécies originárias do nosso território como os carvalhos, os sobreiros e as azinheiras (que também são carvalhos), os castanheiros, os medronheiros, os azereiros, os loureiros, os azevinhos... e que estão adaptadas ao nosso clima.
A floresta autóctone portuguesa é formada por árvores de crescimento tipicamente mais lento do que as espécies de árvores introduzidas, mas que adquiriram a capacidade de melhor resistir a longos períodos de seca com temperaturas elevadas e intercalados por chuvas relativamente intensas. São florestas também resilientes aos incêndios, que fustigam regularmente os territórios do sul da Europa.
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