O Museu do Vidro, situado na Marinha Grande, inaugurou a exposição “Licores de Portugal”, da coleção Ana Marques Pereira, no passado sábado, 18 de novembro e que fica patente até ao dia 8 de abril de 2018.
A vereadora da Cultura, Célia Faustino Guerra, considera que “o feliz convite a Ana Marques Pereira para a organização de uma exposição de peças exemplares da sua coleção de mais de seiscentas garrafas, das mais variadíssimas cores, formas e feitios, resultou numa mostra que muito valoriza a arte do vidro e o Museu do Vidro”.
A autarca lembra que “a evolução dos modelos das garrafas de vidro baseou-se nas necessidades funcionais, facilidade de manuseamento e de transporte; já nas garrafas de licores o que se pretendia era mais “um casamento perfeito” entre a garrafa e a bebida doce e popular que continha, daí que a escolha recaísse maioritariamente sobre o vidro transparente e com formas mais atrativas”.
Foram escolhidas as peças mais representativas, “com relevo para as figurativas, muitas delas fabricadas no nosso Concelho. Nesta exposição, identificamos garrafas produzidas nas fábricas Santos Barosa, Ricardo Gallo e IVIMA, que bem simbolizam a excelência da Marinha Grande”, acrescenta Célia Faustino Guerra.
Através desta seleção de garrafas, com formas geométricas ou figurativas, a exposição "Licores de Portugal" pretende dar a conhecer a evolução dos modelos e da decoração das garrafas de licor em Portugal, com particular enfoque nos exemplares produzidos em meados do século XX.
De acordo com Ana Marques Pereira, as garrafas “eram feitas em vidro moldado e apresentavam-se por vezes em dois tamanhos, sendo o mais pequeno utilizado também para perfumes. Estas garrafas figurativas podem apresentar-se com formas decorativas (caso das geométricas), históricas (como figuras de celebridades, símbolos ou emblemas), transportes (aviões, comboios, automóveis) ou outras”.
“A identificação da origem das garrafas de licor produzidas em Portugal é difícil, uma vez que a grande maioria não apresenta qualquer marca na base das mesmas. São também muito raros os catálogos de vidro industrial que facilitem esse reconhecimento”, esclarece a colecionadora.
Esta exposição “revela-se uma tentativa de valorização deste tipo específico de garrafas, tão genuinamente portuguesas, que o desinteresse pelo vidro industrial, mais especificamente pelo vidro de embalagem, e a cada vez maior reciclagem do vidro, tendem a fazer desaparecer”, conclui.
A exposição pode ser visitada até ao dia 8 de abril de 2018, de terça-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
Nenhum comentário:
Postar um comentário