Assinado protocolo de colaboração para criar registo nacional. |
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) e o Conselho Português de Ressuscitação (CPR) assinaram um protocolo de colaboração para a criação do Registo Nacional de Paragem Cardiorrespiratória (PCR).
O objetivo é que esta ferramenta permita conhecer melhor a realidade nacional e planear ações futuras, nomeadamente no que diz respeito à disponibilização do acesso à desfibrilhação precoce, um dos elos da cadeia de sobrevivência.
A assinatura deste protocolo surge na sequência de uma das conclusões do Grupo de Trabalho para a Requalificação do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa, que defende a criação de um Registo Nacional de PCR, para o qual devem contribuir todas as entidades (públicas ou privadas) com responsabilidades na resposta a estes casos.
O grupo de trabalho sugere três iniciativas no que diz respeito aos registos de PCR:
- A elaboração de um registo nacional contínuo de PCR aberto a todas as entidades interessadas em contribuir para o mesmo;
- A realização de um registo piloto (tipo snapshot) a efetuar em curtos períodos de tempo e em locais selecionados no país, no qual seriam registados todos os detalhes dos casos de PCR, desde o conhecimento do perfil prévio das vítimas, aos detalhes do evento propriamente dito, mas também do seguimento dos casos em que tenha sido conseguida a recuperação das vítimas, incluindo os dados intra-hospitalares, da alta hospitalar e do follow-up;
- A inclusão dos registos nacionais de PCR no registo europeu EuReCa.
O INEM, pelo seu papel central na resposta à emergência médica pré-hospitalar no território continental, o CPR, na qualidade de representante nacional do European Resuscitation Council, e a SPC, que tem um interesse óbvio no conhecimento da realidade nacional relacionada com a morte súbita cardiovascular, são três entidades com interesses convergentes e que deram, desta forma, um passo importante para melhor caraterizar os casos de PCR em território nacional.
O protocolo agora assinado cria as bases para uma colaboração entre as três entidades signatárias para a concretização dos registos propostos, assumindo-se assim como um marco histórico, pretendendo lançar a «primeira pedra» para a concretização de um registo nacional universal de PCR.
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