sábado, 20 de outubro de 2018

Berlim verde e o príncipe da Rua da Picaria

Fugas
 
 
  Sandra Silva Costa  



Que Berlim é uma cidade vibrante, a reinventar-se a cada passo, já todos sabíamos. Mas será que sabíamos que é cada vez mais verde à mesa? A cidade da música electrónica, dos clubes e da noite apresenta-se agora como a capital vegan da Europa. A Alexandra Prado Coelho – quem mais? – andou por lá e voltou com uma certeza: “A capital alemã não deixou de fazer a festa, mas fá-lo também através da comida – e cada vez mais sem proteína animal." De acordo com o site Happy Cow, Berlim tem 65 restaurantes vegan e 320 vegetarianos/ou com opções vegetarianas. A Alexandra foi conhecer alguns e no meio dessas deambulações encontrou o portuguesíssimo pastel de nada – versão vegan do pastel de nata introduzido por Paula Gouveia e o marido, o grego George Andreadis. Bom apetite!

Da Alemanha até à Dinamarca pode ser só um saltinho. E, embora a maior parte dos portugueses escolha a capital Copenhaga como destino, há muito mais para descobrir neste país de ilhas mil. O João Palma, que trata a Dinamarca por tu, guia-nos numa viagem pela Jutlândia e explica que esta é uma ostra que, “dentro da casca rugosa, encerra inúmeras pérolas”. Vamos?

Ou vamos antes conhecer o protagonista da semana? Chama-se Reinaldo Pereira e há 50 anos que está ligado à história de um dos clássicos restaurantes do Porto. O José Augusto Moreira voltou ao Ernesto e ouviu-o contar histórias que vão do Brasil a Francisco Sá Carneiro. Eis o príncipe da Picaria.

Já que andava por ali, o José Augusto atravessou a ponte e foi conhecer o 17.56, que abriu há escassos dois meses em Vila Nova de Gaia. Com uma oferta que se desenvolve em torno de três cozinhas diferentes – carne, peixe e japonesa –, esta enoteca da Real Companhia Velha honra os pergaminhos da histórica empresa. O menu serve-se aqui.

De Gaia seguimos para Espinho, na companhia da Alexandra Couto, que nos guia numa visita ao castro de Ovil, anterior à ocupação romana. Foi abandonado antes de qualquer aculturação, mas os seus vestígios resistiram até hoje, preservando histórias da Idade Média e até da fábrica de papel cujas ruínas partilham com o povoado a mesma colina junto à água. A câmara municipal quer pô-lo no seu mapa turístico.

No capítulo dos vinhos, o Pedro Garcias fala-nos hoje do Roubado e conta outras histórias que mostram que várias regiões estão a reinventar-se,fazendo avançar o panorama vínico nacional. E a Alexandra Prado Coelho foi à Adega 23, na Beira Interior, zona de poucas vinhas, onde uma oftalmologista sem experiência se lançou como produtora. Saúde!

Está tudo dito por hoje. Marcamos encontro na próxima semana? Até lá, boas viagens.

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