“O risco de incêndio alimentado pelas alterações climáticas e pela urbanização” é o tema central da formação promovida pelo CentroAdapt, no próximo dia 26 de outubro, na Casa Costa Alemão, na Universidade de Coimbra.
- Inscrição é gratuita mas obrigatória em www.centroadapt.com/inscricoes .
Com uma abordagem centrada nos incêndios na interface florestal-urbano, alimentado pelas alterações climáticas, este é um encontro que coloca em evidência não só o impacto das alterações climáticas como as vulnerabilidades do território, no que toca a incêndios.
Segundo Aldina Santiago, Professora da Universidade de Coimbra «as alterações climáticas, que se têm manifestado de forma cada vez mais intensa, têm conduzido ao aumento do número de focos de incêndio e do seu poder de destruição. Para além da devastação no espaço florestal, uma das grandes preocupações recentes é também o avanço para as localidades e as suas consequências no edificado urbano».
O problema dos incêndios florestais na interface florestal-urbano tem-se revelado uma preocupação crescente, fruto da presença humana em habitações ou aglomerados urbanos. Alguns dos piores desastres relacionados com incêndios que envolvem perdas humanas são precisamente associados à chegada de fogo a zonas urbanas, pelo que uma definição simples de interface florestal-urbano remete para o espaço físico onde a vegetação e as estruturas coexistem, num ambiente propício à ocorrência de incêndios.
Para Hélder Craveiro, investigador e professor da FireLab_UC - Laboratório da Engenharia do Fogo da Universidade de Coimbra «as alterações climáticas, já evidentes na Península Ibérica acarretam risco agravado de incêndio não só para a floresta, mas também para as zonas urbanas. A ocorrência de grandes incêndios traduzir-se-á num forte impacto na interface urbano-florestal, afetando severamente pessoas, bens e infraestruturas. É fundamental discutir esta problemática com vista à caraterização do problema, consciencialização das pessoas e definição de estratégias integradas para a salvaguarda da vida e dos bens florestais e urbanos».
Com vista à criação de uma plataforma de inovação aberta e inclusiva que incorpore as competências necessárias a uma eficiente e eficaz transferência de conhecimento, o CentroAdapt leva a cabo ações de sensibilização e networking, promovendo encontros entre os diferentes agentes, com vista a consciencializar empresas e entidades para as adaptações às alterações climáticas.
Para João Carlos Marques, responsável pelo CentroAdapt, «as alterações climáticas constituem uma ameaça global para os ecossistemas naturais e humanos a nível ambiental, social e económico. Implementar estratégias concertadas e sustentáveis para mitigar os seus efeitos e potenciar a adaptação a um clima em mudança, constitui uma prioridade a curto prazo. Neste sentido, o CentroAdapt assume o papel de facilitador de informação entre a academia e as empresas/entidades, estimulando a potencial definição de necessidades dos agentes e a procura de alternativas para os desafios futuros face às mudanças climáticas».
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