Com o governo a assinalar três anos, António Costa faz um balanço positivo da atual solução política, mas considera que a evolução feita por cada um dos partidos, não permite que PS, PCP e Bloco de Esquerda possam estar juntos num futuro governo.
Veja em baixo a conferência de imprensa do primeiro-ministro, António Costa, sobre os três anos de governação
Desta vez, António Costa foi claro e direto: "não creio que a evolução em cada um dos partidos permita esse avanço". O avanço é o tal passo em frente. Depois dos acordos assinados em 2015, que deram origem à geringonça, uma das questões que se tem levantado, é a de saber se é ou não possível PS, PCP e Bloco de Esquerda conviverem no mesmo executivo. António Costa tem dado a entender que não, mas desta vez, arruma com o assunto. E considera que o facto de cada um dos partidos mater a sua identidade e as suas ideias, "não é necessariamente mau."
O primeiro-ministro lembra que um dos segredos da atual solução política foi "não termos andado aqui a tentar crescer à custa uns dos outros", acrescentando que esse "foi um enorme fator de estabilidade.
O resumo que Costa faz de três anos de Governo
O primeiro-ministro arranca com duas ideias para resumir estes três anos de legislatura. A primeira ideia é a de que "o Governo contribuiu para a recuperação da confiança dos portugueses", afirmou António Costa, concluindo que o governo conseguiu "contas certas e recuperar a credibilidade internacional do país."
Na conferência de imprensa, que decorre no Porto, o primeiro-ministro garante que o objetivo é "continuar as políticas que têm dado bons resultados."
A segunda ideia, que António Costa apresenta, tem a ver com a solução política que foi construída há três anos e que "dinamizou a democracia, deu-lhe mais vida", diz o primeiro-ministro. Isso, acrescenta Costa, "contribuiu decisivamente para afirmar uma alternativa e para demonstrar que é possível governar de forma diferente, tendo melhores resultados."
A tragédia de Borba
O primeiro-ministro referiu-se à tragédia de Borba para pedir que "não se antecipem as conclusões sobre as causas", acrescentando que estão a decorrer vários inquéritos e que ninguém se deve precipitar "no apuramrento das responsabilidades."
"O PSD é incoerente"
António Costa acusa o PSD de várias contradições, na proposta que apresenta para as carreiras do professores. O primeiro-ministro fala numa "dupla contradição" dos sociais-democratas por apresentarem "uma norma que o ano passado não apoiaram" e, ao mesmo tempo por fazerem "um discurso em que dizem que este orçamento devia ir mais longe e chegar a défice zero e ao mesmo tempo apresentam propostas que aumentam o défice"
O ataque ao PSD de Rui Rio, nesta matéria, vai mais longe: "é sobretudo uma proposta inútil porque não acrescenta nada ao que está previsto no orçamento de 2018."
Sobre as cerca de 1000 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2019, que os vários partidos apresentaram, o primeiro-ministro diz que "seria uma catástrofe financeira se todas as propostas fossem aprovadas", lembrando que estamos a falar de "um desvio de 5,7 mil milhões de euros". António Costa pede "responsabilidade" e est+á convencido de que "os portugueses estão satisfeitos que tenha sido possível repor rendimentos."
"É difícil compreender a greve dos juízes"
António Costa acha "difícil compreender " a greve dos juízes, mas deixa, ainda assim, para os portugueses a "avaliar se greve dos juízes é razoável.
O primeiro-ministro lembra que "2019 não é o ultimo ano das nossas vidas" e que não é por haver eleições no próximo ano que o Governo tem que dar tudo a todos ao mesmo tempo.
Quanto às greves noutros setores, António Costa diz que "só com medidas específicas, horário e descongelamento de carreiras, não se pode dizer que seja pouco o que o governo tem feito."
Quanto aos enfermeiros, Costa lembra que "já contratámos para o SNS 9 mil profissionais. 3300 enfermeiros contratados até agora."
Fonte: TSF
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