O
Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede prossegue este fim
de semana com espetáculos na cidade sede do concelho, em Ançã e em
Covões. Um dos espetáculos agendados para a segunda jornada do
certame promovido pela autarquia cantanhedense é “O Santo e a
Porca”, que o Novo Rumo – Teatro de Amadores de Ançã vai
estrear no Salão do Centro Paroquial de Ançã, no próximo sábado,
2 de fevereiro, a partir das 21h30. Trata-se de uma
adaptação do Novo Rumo de uma divertida comédia de Ariano
Suassuna, cujo enredo se desenrola em torno da personagem de um velho
avarento, devoto de Santo António, que guarda as economias de toda a
vida numa porca-mealheiro. Ao receber uma carta de um tal Eduardo
Vicente, a dizer que este iria privá-lo de seu mais precioso
tesouro, Óscarzão, o avarento, fica muito apreensivo com a
possibilidade de perder o dinheiro da sua querida porca. A arguta
Felisberta, empregada da casa, percebe que o tesouro em causa é
Margarida, a filha de Óscar, com quem o autor da carta pretende
casar-se. Segue-se um conjunto de peripécias e equívocos bem
hilariantes em que a avareza de um e as falsas intenções de outro
remetem para a relação do ser humano com o mundo físico
representado pela porca e o espiritual representado por Santo
António.
Também
no sábado, igualmente às 21h30, o GTEF – Grupo de Teatro
Experimental “A Fonte” de Murtede cumpre a sua ação de
itinerância com a representação de Uma
família pouco normal no
auditório da Filarmónica de Covões. Adaptação de Daniela Paulo e
Muriel Pires das peças Portugal
à gargalhada e
Hip Hop’arque, o espetáculo é
constituído por episódios rocambolescos e divertidos da vida
familiar, muitos deles comuns a muitas famílias.
Outra
ação de itinerância agendada para sábado é a do Grupo de Teatro
da ACDC – Associação Cultural e Desportiva do Casal, que às
21h30 sobe ao palco da sede do Rancho Regional “Os Esticadinhos”
de Cantanhede para apresentar três originais de Manuel da Silva
Barreto: O culpado fui eu
(drama), cuja abordagem principal passa por um cenário de violência
doméstica que conduz a uma conclusão óbvia; se
tu podes, eu também posso
(comédia), em que as aventuras amorosas extraconjugais se descobrem
e dão mau resultado; e Vamos
Cortar na Casaca 2019, quadras
cantadas em que sobressai o tom crítico sobre o estado do país.
A
segunda jornada do Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede
termina no domingo, no Salão Recreativo de Cordinhã, onde, a partir
da 15h30, o “Cordinha d’Água Teatro” estreia duas peças
originais. A Revolta dos Penicos,
comédia da autoria de Manuel Tomé, decorre em França, em plena II
Guerra Mundial. O enredo desenrola-se a partir do desaparecimento de
uma professora pertencente à resistência francesa, o que motiva os
alunos a fazerem frente aos militares nazis. Na segunda parte do
espetáculo, a secção de teatro do Rancho Folclórico “Os
Lavradores” de Cordinhã representa Amores
na Aldeia, também uma comédia,
esta da autoria de Rosa Dinis. A ação decorre numa aldeia
portuguesa dos anos 60, onde os amores e desamores, os encontros e
desencontros, os casamentos arranjados e outras situações
exploradas de um ponto de vista humorístico caracterizam um contexto
social fechado e marcado pelo preconceito.
Sobre
o Novo Rumo – Grupo de Teatro de Amadores de Ançã
O
Novo Rumo – Grupo de Teatro de Amadores de Ançã é um grupo que
nasceu da vontade de muitos amantes desta arte cénica, no ano de
1983, a 28 de março. Após um início conturbado, este grupo entrou
numa fase de paragem e reflexão.
Em
março de 2002, por convite da Junta de Freguesia de Ançã, na
pessoa do então Presidente da Junta de Freguesia Dr. Pedro Cardoso,
foram convidados todos quantos já haviam participado no referido
grupo, no sentido de fazer reiniciar a sua atividade.
Retomada
a atividade regular, o grupo tem vindo a participar ativamente no
Ciclo de Teatro do Concelho de Cantanhede e esporadicamente no Ciclo
de Primavera do INATEL, registando enorme acolhimento junto do
público que o tem recebido.
O
Novo Rumo, apesar de muitos anos de existência, começou do zero.
Não existiam peças pertencentes ao grupo, não existia qualquer
tipo de material cénico (roupas ou qualquer outro tipo de adereços),
não tem um espaço próprio, com disponibilidade e condições de
trabalho para ensaios e apresentações e os fundos são parcos.
Apenas existe muito boa vontade, esforço, entusiasmo e paixão de
todos os elementos que compõem o grupo.
Porém,
porque sempre foi convicção deste grupo que, criando melhores
condições de trabalho e apresentação de peças, este entusiasmo
poderia ser ainda maior, dinamizando o público mais jovem para este
tipo de arte, foi crescendo e adquirindo equipamento que permitisse
melhorar cada vez mais o produto final a apresentar ao público.
Neste
momento, dispõe de equipamento de som e luz, vocacionado para este
trabalho e de excelente qualidade, adquirido com esforço dos
elementos, ajuda dos sócios e a comparticipação da Junta de
Freguesia e da Câmara Municipal.
Desde
o reinício do Grupo foram já levadas a cena as seguintes peças:
Hora de partir, drama; O Gato, comédia; O meu Amor é traiçoeiro,
drama; Os trinta botões, comédia; O amor, comédia; Aqui há
fantasmas, comédia; O céu da minha rua, farsa; Sonho de uma noite
de verão, comédia.
O
Grupo de Teatro “Novo Rumo”, num processo de evolução natural,
sentiu necessidade de divulgar as artes cénicas e o gosto por esta
forma de arte milenar junto de um público mais infantil, por
considerar ser este um desafio que apesar de exigente, poderia dar
muitos frutos. Por isso, desde 2006 tem vindo a apresentar peças
infantis, que pelo seu sucesso os motiva a fazer mais e melhor! Tem
envolvido cerca de 10 crianças por peça e tem sido apresentada
localmente, em algumas localidades, escolas do concelho e Hospital
Pediátrico de Coimbra, com enorme sucesso. Peças Infantis já
apresentadas: Ursinho Guloso – 2007; D. Tão Parlapatão – 2008;
Biscoitos de Natal – 2008.
Após
um período de interregno, em outubro de 2013, o Grupo de Teatro
“Novo Rumo” retomou as suas atividades e participou na 16.ª
edição do Ciclo de Teatro Amador, organizado pela Câmara Municipal
de Cantanhede, com a peça “Uma Bomba Chamada Etelvina”, uma
comédia escrita por Henrique Santana e Ribeirinho.
Sobre
o Grupo de Teatro da ACDC – Associação Cultural e Desportiva do
Casal
O
Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva do Casal foi
fundado em 24 de outubro de 2004, sendo constituído na altura por 16
elementos. Estreou-se em palco no dia 26 de dezembro do mesmo ano com
a realização de Festa de Natal/Teatro levando a palco variedades
das quais se salienta a comédia “O cliente tem sempre razão” da
autoria de Manuel Silva Barreto.
A
29 de janeiro de 2006 levou a palco, em conjunto com outras peças, a
comédia da autoria de Manuel Silva Barreto “Médico de Família”
que foi também apresentada em maio de 2008, pelos mesmos atores, na
festa dos Missionários Combonianos em Coimbra.
A
sua participação no Ciclo de Teatro Amador do Concelho de
Cantanhede, de forma ininterrupta desde a 12.ª edição, sempre se
tem pautado pela apresentação de obras da autoria de Manuel da
Silva Barreto, simultaneamente o encenador do Grupo.
Sobre o Grupo de Teatro Experimental “A
Fonte” de Murtede
O Grupo de Teatro Experimental “A Fonte”
de Murtede foi
fundado em 2000 por 24 jovens da freguesia. Esta associação juvenil
tem atualmente cerca de 80 associados e é filiada no INATEL e no
Instituto Português da Juventude.
Da sua atividade no campo das artes cénicas
destaca-se a apresentação regular de peças de teatro em produções
que têm registado o reconhecimento do público e das entidades que
têm apoiado o trabalho do grupo, nomeadamente a Câmara Municipal de
Cantanhede, a Junta de Freguesia de Murtede, o INATEL, o Instituto
Português da Juventude (IPJ) e a Delegação Regional do Centro do
Ministério da Cultura.
Além da sua participação regular em
diversos espetáculos de Teatro, desenvolve também outro tipo de
ações culturais, com destaque para Danças
na Minha Aldeia, encontro com
animação em diversas vertentes musicais que se realiza na segunda
quinzena de maio, concertos de música sacra, convívios e
iniciativas não só com os seus associados mas também com outros
habitantes da comunidade, como é o caso do programa de OTL –
Ocupação de Tempos, da responsabilidade do IPJ.
O Grupo de Teatro Experimental “A Fonte”
de Murtede participa também regularmente na EXPOFACIC e desenvolve
algumas parcerias na organização de eventos promovidos pela Junta
de Freguesia de Murtede e a Câmara Municipal de Cantanhede.
Sobre o Rancho Folclórico "Os
Lavradores" de Cordinhã
O grupo foi fundado em 19 de outubro de
1978 por iniciativa do pároco da freguesia, chamado Fernando, e de
um grupo de pessoas convidadas para o efeito, entre elas o músico
Arsénio Cavaco. Cinco anos depois, mais propriamente no dia 17 de
fevereiro de 1983, foi legalizado por escritura pública no Cartório
Notarial de Cantanhede e publicado no Diário da República III
Série, n.º 81 de 8-4-1983 como Associação Cultural e Recreativa,
denominada Rancho Folclórico de Cordinhã.
Este rancho esteve em atividade 15 anos
consecutivos seguindo-se um breve interregno de cerca de três meses.
Posteriormente reiniciou a sua atividade com a designação de Rancho
Folclórico "Os Lavradores” de Cordinhã, que ainda hoje
mantém.
Neste momento, ao grupo de adultos junta-se
o grupo infantojuvenil composto por 20 crianças, servindo
simultaneamente de escola de folclore.
Integrado nesta associação está o grupo
Cordinha d'Água Teatro,
composto por pessoas de todos os escalões etários, que participa
nos Ciclos de Teatro da Câmara Municipal de Cantanhede e nos Ciclos
de Teatro organizados pelo INATEL, onde se encontra inscrito.
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