quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Em 2 e 3 de fevereiro | Ciclo de Teatro Amador com espetáculos em Cantanhede, Ançã, Covões e Cordinhã



O Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede prossegue este fim de semana com espetáculos na cidade sede do concelho, em Ançã e em Covões. Um dos espetáculos agendados para a segunda jornada do certame promovido pela autarquia cantanhedense é “O Santo e a Porca”, que o Novo Rumo – Teatro de Amadores de Ançã vai estrear no Salão do Centro Paroquial de Ançã, no próximo sábado, 2 de fevereiro, a partir das 21h30. Trata-se de uma adaptação do Novo Rumo de uma divertida comédia de Ariano Suassuna, cujo enredo se desenrola em torno da personagem de um velho avarento, devoto de Santo António, que guarda as economias de toda a vida numa porca-mealheiro. Ao receber uma carta de um tal Eduardo Vicente, a dizer que este iria privá-lo de seu mais precioso tesouro, Óscarzão, o avarento, fica muito apreensivo com a possibilidade de perder o dinheiro da sua querida porca. A arguta Felisberta, empregada da casa, percebe que o tesouro em causa é Margarida, a filha de Óscar, com quem o autor da carta pretende casar-se. Segue-se um conjunto de peripécias e equívocos bem hilariantes em que a avareza de um e as falsas intenções de outro remetem para a relação do ser humano com o mundo físico representado pela porca e o espiritual representado por Santo António.
Também no sábado, igualmente às 21h30, o GTEF – Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” de Murtede cumpre a sua ação de itinerância com a representação de Uma família pouco normal no auditório da Filarmónica de Covões. Adaptação de Daniela Paulo e Muriel Pires das peças Portugal à gargalhada e Hip Hop’arque, o espetáculo é constituído por episódios rocambolescos e divertidos da vida familiar, muitos deles comuns a muitas famílias.
Outra ação de itinerância agendada para sábado é a do Grupo de Teatro da ACDC – Associação Cultural e Desportiva do Casal, que às 21h30 sobe ao palco da sede do Rancho Regional “Os Esticadinhos” de Cantanhede para apresentar três originais de Manuel da Silva Barreto: O culpado fui eu (drama), cuja abordagem principal passa por um cenário de violência doméstica que conduz a uma conclusão óbvia; se tu podes, eu também posso (comédia), em que as aventuras amorosas extraconjugais se descobrem e dão mau resultado; e Vamos Cortar na Casaca 2019, quadras cantadas em que sobressai o tom crítico sobre o estado do país.
A segunda jornada do Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede termina no domingo, no Salão Recreativo de Cordinhã, onde, a partir da 15h30, o “Cordinha d’Água Teatro” estreia duas peças originais. A Revolta dos Penicos, comédia da autoria de Manuel Tomé, decorre em França, em plena II Guerra Mundial. O enredo desenrola-se a partir do desaparecimento de uma professora pertencente à resistência francesa, o que motiva os alunos a fazerem frente aos militares nazis. Na segunda parte do espetáculo, a secção de teatro do Rancho Folclórico “Os Lavradores” de Cordinhã representa Amores na Aldeia, também uma comédia, esta da autoria de Rosa Dinis. A ação decorre numa aldeia portuguesa dos anos 60, onde os amores e desamores, os encontros e desencontros, os casamentos arranjados e outras situações exploradas de um ponto de vista humorístico caracterizam um contexto social fechado e marcado pelo preconceito.

Sobre o Novo Rumo – Grupo de Teatro de Amadores de Ançã
O Novo Rumo – Grupo de Teatro de Amadores de Ançã é um grupo que nasceu da vontade de muitos amantes desta arte cénica, no ano de 1983, a 28 de março. Após um início conturbado, este grupo entrou numa fase de paragem e reflexão.
Em março de 2002, por convite da Junta de Freguesia de Ançã, na pessoa do então Presidente da Junta de Freguesia Dr. Pedro Cardoso, foram convidados todos quantos já haviam participado no referido grupo, no sentido de fazer reiniciar a sua atividade.
Retomada a atividade regular, o grupo tem vindo a participar ativamente no Ciclo de Teatro do Concelho de Cantanhede e esporadicamente no Ciclo de Primavera do INATEL, registando enorme acolhimento junto do público que o tem recebido.
O Novo Rumo, apesar de muitos anos de existência, começou do zero. Não existiam peças pertencentes ao grupo, não existia qualquer tipo de material cénico (roupas ou qualquer outro tipo de adereços), não tem um espaço próprio, com disponibilidade e condições de trabalho para ensaios e apresentações e os fundos são parcos. Apenas existe muito boa vontade, esforço, entusiasmo e paixão de todos os elementos que compõem o grupo.
Porém, porque sempre foi convicção deste grupo que, criando melhores condições de trabalho e apresentação de peças, este entusiasmo poderia ser ainda maior, dinamizando o público mais jovem para este tipo de arte, foi crescendo e adquirindo equipamento que permitisse melhorar cada vez mais o produto final a apresentar ao público.
Neste momento, dispõe de equipamento de som e luz, vocacionado para este trabalho e de excelente qualidade, adquirido com esforço dos elementos, ajuda dos sócios e a comparticipação da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal.
Desde o reinício do Grupo foram já levadas a cena as seguintes peças: Hora de partir, drama; O Gato, comédia; O meu Amor é traiçoeiro, drama; Os trinta botões, comédia; O amor, comédia; Aqui há fantasmas, comédia; O céu da minha rua, farsa; Sonho de uma noite de verão, comédia.
O Grupo de Teatro “Novo Rumo”, num processo de evolução natural, sentiu necessidade de divulgar as artes cénicas e o gosto por esta forma de arte milenar junto de um público mais infantil, por considerar ser este um desafio que apesar de exigente, poderia dar muitos frutos. Por isso, desde 2006 tem vindo a apresentar peças infantis, que pelo seu sucesso os motiva a fazer mais e melhor! Tem envolvido cerca de 10 crianças por peça e tem sido apresentada localmente, em algumas localidades, escolas do concelho e Hospital Pediátrico de Coimbra, com enorme sucesso. Peças Infantis já apresentadas: Ursinho Guloso – 2007; D. Tão Parlapatão – 2008; Biscoitos de Natal – 2008.
Após um período de interregno, em outubro de 2013, o Grupo de Teatro “Novo Rumo” retomou as suas atividades e participou na 16.ª edição do Ciclo de Teatro Amador, organizado pela Câmara Municipal de Cantanhede, com a peça “Uma Bomba Chamada Etelvina”, uma comédia escrita por Henrique Santana e Ribeirinho.


Sobre o Grupo de Teatro da ACDC – Associação Cultural e Desportiva do Casal
O Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva do Casal foi fundado em 24 de outubro de 2004, sendo constituído na altura por 16 elementos. Estreou-se em palco no dia 26 de dezembro do mesmo ano com a realização de Festa de Natal/Teatro levando a palco variedades das quais se salienta a comédia “O cliente tem sempre razão” da autoria de Manuel Silva Barreto.
A 29 de janeiro de 2006 levou a palco, em conjunto com outras peças, a comédia da autoria de Manuel Silva Barreto “Médico de Família” que foi também apresentada em maio de 2008, pelos mesmos atores, na festa dos Missionários Combonianos em Coimbra.
A sua participação no Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede, de forma ininterrupta desde a 12.ª edição, sempre se tem pautado pela apresentação de obras da autoria de Manuel da Silva Barreto, simultaneamente o encenador do Grupo.

Sobre o Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” de Murtede
O Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” de Murtede foi fundado em 2000 por 24 jovens da freguesia. Esta associação juvenil tem atualmente cerca de 80 associados e é filiada no INATEL e no Instituto Português da Juventude.
Da sua atividade no campo das artes cénicas destaca-se a apresentação regular de peças de teatro em produções que têm registado o reconhecimento do público e das entidades que têm apoiado o trabalho do grupo, nomeadamente a Câmara Municipal de Cantanhede, a Junta de Freguesia de Murtede, o INATEL, o Instituto Português da Juventude (IPJ) e a Delegação Regional do Centro do Ministério da Cultura.
Além da sua participação regular em diversos espetáculos de Teatro, desenvolve também outro tipo de ações culturais, com destaque para Danças na Minha Aldeia, encontro com animação em diversas vertentes musicais que se realiza na segunda quinzena de maio, concertos de música sacra, convívios e iniciativas não só com os seus associados mas também com outros habitantes da comunidade, como é o caso do programa de OTL – Ocupação de Tempos, da responsabilidade do IPJ.
O Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” de Murtede participa também regularmente na EXPOFACIC e desenvolve algumas parcerias na organização de eventos promovidos pela Junta de Freguesia de Murtede e a Câmara Municipal de Cantanhede.

Sobre o Rancho Folclórico "Os Lavradores" de Cordinhã
O grupo foi fundado em 19 de outubro de 1978 por iniciativa do pároco da freguesia, chamado Fernando, e de um grupo de pessoas convidadas para o efeito, entre elas o músico Arsénio Cavaco. Cinco anos depois, mais propriamente no dia 17 de fevereiro de 1983, foi legalizado por escritura pública no Cartório Notarial de Cantanhede e publicado no Diário da República III Série, n.º 81 de 8-4-1983 como Associação Cultural e Recreativa, denominada Rancho Folclórico de Cordinhã.
Este rancho esteve em atividade 15 anos consecutivos seguindo-se um breve interregno de cerca de três meses. Posteriormente reiniciou a sua atividade com a designação de Rancho Folclórico "Os Lavradores” de Cordinhã, que ainda hoje mantém.
Neste momento, ao grupo de adultos junta-se o grupo infantojuvenil composto por 20 crianças, servindo simultaneamente de escola de folclore.
Integrado nesta associação está o grupo Cordinha d'Água Teatro, composto por pessoas de todos os escalões etários, que participa nos Ciclos de Teatro da Câmara Municipal de Cantanhede e nos Ciclos de Teatro organizados pelo INATEL, onde se encontra inscrito.

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