sábado, 27 de abril de 2019

Federação de Campismo e Montanhismo considera ilegal prova de escalada em Soure

A Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP) considerou hoje ilegal a realização de uma prova de escalada em Soure, no distrito de Coimbra, designada por Taça da Europa de Escalada de Bloco para escalões jovens.
Em comunicado, aquela entidade refere que a prova, a decorrer neste fim de semana, organizada pela Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada, é “uma ilegalidade e uma usurpação das competências da FCMP, única federação desportiva autorizada a organizar ou homologar provas de escalada em território nacional”.
“Este evento é organizado por uma instituição que se autodenomina Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada, título enganador e ilegal que está, neste momento, a ser alvo de uma ação judicial por se apropriar nominalmente de uma modalidade que, sublinhamos, é exclusivamente tutelada pela FCMP no nosso país”, refere a nota.
Organizado pela Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada, em parceria com o Núcleo de Escalada de Soure, o evento reunirá “mais de 250 jovens atletas de 20 países”, disse na quinta-feira à agência Lusa Bruno Gaspar, técnico da Federação.
A competição, integrada no calendário da IFSC (International Federation of Sport Climbing), é a primeira das três provas que contam para a edição deste ano da Taça da Europa, que também se disputa na Áustria e na Bulgária, onde termina no dia 25 de maio.
Contando com a participação de “alguns dos atletas que vão estar presentes em Tóquio 2020, edição de estreia da escalada em Jogos Olímpicos”, a prova, com entrada livre, decorre no Pavilhão Encosta do Sol, em Soure, entre as 07:30 e as 19:40 de sábado, e a partir das 08:00 de domingo, estando agendada para as 16:00 deste dia a cerimónia de encerramento.
Soure é o único local do país onde se têm realizado provas do Campeonato da Europa de Escalada de Bloco para Jovens, o que representa “um reconhecimento das organizações internacionais da excelência das instalações e da organização das anteriores edições”, e concentra no concelho “centenas de desportistas, técnicos, árbitros e fãs deste desporto”, sustentam os promotores do evento.
“Lamentamos que este tipo de iniciativa tenha o patrocínio da autarquia local e que sejam os seus meios, pagos pelo erário público, a promover um evento que é, para todos os efeitos, ilegal”, conclui FCMP.
NDC

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